RESOLVEREMOS A MUDANÇA CLIMÁTICA PLANTANDO UM TRILHÃO DE ÁRVORES EM TERRAS ÁRIDAS OU MODIFICANDO GENETICAMENTE AS PLANTAS?

O fundador da Terraformation, Yishan Wong,  quer resolver as mudanças climáticas e acha ser “um real alcance das habilidades coletivas da raça humana Wong encontrou essa solução nas árvores.  

Segundo Wong. “Um trilhão de árvores tem uma possibilidade muito, muito forte de resolver o problema [climático].”Esse é o objetivo da ambiciosa Terraformation , que recebeu dinheiro da Apolo Projects e de uma série de investidores de alto patrimônio líquido do Vale do Silício.

                 (floresta de abetos)                                               

Drones, robôs, imagens geoespaciais e monitoramento por satélite são impressionantes, mas o que queremos mesmo é pegar terras não aráveis ​​e transformá-las em florestas. Simples assim. 

A empresa vende serviços para proprietários de terras fornecendo-lhes um kit de ferramentas para reflorestar terras degradadas. Esse kit pode incluir bancos de sementes e kits de viveiro, pacotes de financiamento, software e treinamento sobre como reabilitar terras áridas. Também trabalha com clientes para vender créditos de carbono após o plantio das árvores.

O objetivo de plantar 1 trilhão de árvores pode ser muito agressivo – e o papel que as árvores desempenham pode ser exagerado, de acordo com alguns cientistas. Há um papel pequeno, mas importante, que as florestas podem desempenhar na mitigação das mudanças climáticas”, disse Joseph Veldman, professor da Texas A&M University.

Parte do problema é simplesmente a disponibilidade de terra que pode ser reflorestada, que um estudo recente da Nature estimou em quase 1,7 bilhão de acres – isso é muito menos terra do que os 3 bilhões que a Terraformation quer restaurar. 

Enquanto a Terraformation está tentando tornar as terras improdutivas mais produtivas, algumas empresas e pesquisadores estão procurando maneiras de modificar geneticamente as árvores para melhorar sua capacidade de sequestrar dióxido de carbono e torná-las mais resistentes a pragas.

Esse é o objetivo de empresas como a Living Carbon , que está desenvolvendo plantas modificadas que podem crescer mais rapidamente e armazenar mais carbono.

Alguns pesquisadores já estão buscando plantas geneticamente modificadas no campo. Um relatório da Canadian Broadcasting Company no ano passado apresentou o trabalho de Armand Séguin, que começou a plantar choupos e abetos geneticamente modificados em torno de seu posto avançado de pesquisa ao norte da cidade de Quebec.

Pesquisador em genômica florestal do Serviço Florestal Canadense, Séguin tornou seus abetos ( árvores de clima temperado) imunes a uma certa praga. 

Agora existem soluções nas quais você pode modificar geneticamente organismos para reduzir o uso de produtos químicos e melhorar o sequestro de carbono”, disse Séguin, “não apenas [melhorando] a fotossíntese, mas tornando essas plantas mais resistentes ao meio ambiente”.