O DESCUIDO COM O BIOMA CAATINGA ACELERA O PROCESSO DE DESERTIFICAÇÃO E EXTINÇÃO EM MASSA.

Para os pesquisadores, a caatinga é deixada de lado quando se trata de políticas públicas. Os principais problemas passam pela falta de investimento, negação e fiscalização ineficiente. O pesquisador Carlos Roberto Fonseca compara a atenção dada à caatinga com a Amazônia, por exemplo, que pode ser avaliada em tempo real por meio de satélites. Com a caatinga existe a necessidade de usar as bases oficiais do Ministério do Meio Ambiente, que não são tão atuais. 

As mudanças climáticas afetam diretamente a caatinga. Vamos ter problemas de abastecimento de água, de fertilidade de solo, e isso afeta aspectos econômicos e ambientais como um todo.

                                               


 

Pesquisadores brasileiros se uniram em um trabalho para mapear a caatinga, bioma exclusivamente brasileiro que já conta com 13% de sua área em estado de desertificação, segundo associação.a degradação do bioma, pode ter mais de uma centena de espécies ameaçadas de extinção sumirem do mapa em curto espaço de tempo.

Foi preciso definir as áreas prioritárias de atenção o bioma, que foi dividido em cerca de 10 mil microbacias, classificando-as em três critérios: o valor de cada uma dessas microbacias para conservação da biodiversidade de plantas ameaçadas, a quantidade de cobertura vegetal em cada uma dessas microbacias e a importância de cada uma delas para a conectividade da paisagem. Segundo o levantamento, 939 das bacias da caatinga são consideradas de alta prioridade para restauração. E 86 foram consideradas de prioridade máxima para restauração.

Na caatinga existem, na verdade, 350 espécies ameaçadas de extinção, segundo o livro vermelho das espécies ameaçadas do Brasil. Cada bacia pode ter nenhuma espécie ameaçada ou até mais de uma centena, uma única microbacia tem 106 espécies ameaçadas. Essas microbacias já estão desmatadas. Se não restaurarmos, essas espécies vão desaparecer.O estudo também aponta que 50% de área da caatinga foi desmatada.

Por outro lado, a caatinga é uma região muito recortada, o que possibilita a fácil entrada. "Ela é muito acessível às perturbações antrópicas [provocadas pela ação do homem] crônicas. Quando se fala de desmatamento, é uma perturbação aguda. Desmatou e acabou. A perturbação crônica é mais silenciosa, menos visível a olho nu. No interior daquela área remanescente está tendo exploração, pisoteio de plântulas [plantas ainda pequenas], caça, coisas que a gente não enxerga sem um estudo de campo mais detalhado." 

Um bom exemplo, é a criação de gado com um exemplo do fácil acesso ao bioma. "Ele começa a pisotear, defecar, e isso tudo prejudica a regeneração e manutenção das espécies nessas áreas de caatinga".A caatinga engloba os nove estados do Nordeste e uma faixa no norte de Minas Gerais. De acordo com a Associação Caatinga, são cerca de 28 milhões de pessoas vivendo no semiárido brasileiro. 

Comparada a outras regiões semiáridas pelo mundo, é a área mais biodiversa, que tem o maior conjunto de espécies de fauna e flora, inclusive algumas endêmicas, que só acontecem aqui na caatinga.

A perda de vegetação, de biodiversidade, acarreta uma série de problemas, entre eles a expansão de áreas em estado avançado de desertificação. Hoje já temos cerca de 13% do território da caatinga em estágio avançado de desertificação.Vale destacar que as mudanças climáticas é fator que acelera a degradação da caatinga. E aponta que vão ocorrer períodos mais longos de secas.

Comentários

  1. As mudanças climáticas afetam diretamente a caatinga. Vamos ter problemas de abastecimento de água, de fertilidade de solo, e isso afeta aspectos econômicos e ambientais como um todo.

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