O ELO ENTRE MÃE E FILHOS, ALÉM DE BIOLÓGICO ENTRE OS MAMÍFEROS, É ADAPTATIVO E CARREGAGO DE EMOÇÕES.

Me recordo de um filme que versava sobre a vida de um pescador que buscava seu sustento as margens do rio Amazonas. Sua família representava a rotina de uma comunidade inteira de pescadores ribeirinhos.

Naquele tempo, o homem que saía para pescar quase que diariamente, já se queixava da redução cada vez mais acentuada do volume de pescado capturado com a pesca em seu pequeno barco com um frágil, mas ainda funcional motor de popa.

O pescador que me refiro, tinha família grande, ele, sua mulher grávida e mais quatro "bacuris" de 03 a 12 anos- a "escadinha".

Certa manhã, para não deixar sua mulher prestes a parir (8 meses) em casa sozinha, pediu a uma vizinha que olhasse as crianças ( seus filhos), enquanto ia pescar com sua esposa que recomendou que ficaria sentada no barco durante a pescaria.

Aquele, foi um dia de fartura, era muito peixe, havia sido um dia que superou todas as expectativas. A mulher ainda indagou ao seu marido: "Vixe, viu como eu te dei sorte", da próxima vez me traga e pare de resmungar.

Como Biólogo, descobri que o leite materno que já estava sendo aos poucos ejetado pelas mamas da mulher molhando sua camiseta, possui um aroma semelhante a baunilha muito parecido com a substância que atrai os animais para o acasalamento ou orientação espacial- o ferormônio. Sim, os peixes seguiam o barco do pescador atraídos pelo odor que exalava da sua mulher previamente lactante.

As mães de pinguins, de milhares de pinguins vivendo em colônias na Antártida, quando retornam do mar com peixes armazenados em sua goela (papo) para regurgitar e alimentar seu(s) filhote, são imediatamente reconhecidas pelo seu cheiro sui gêneris e inconfundível. Parece incrível e surreal.

Hoje, dia das mães, devemos nos lembrar do cuidado, de toda proteção que elas devotam aos seus filhos, "um olhar de lince" em tudo que acontece com sua cria, mas do que isso, na espécie humana, "um tsunami"de sentimentos que se misturam e torna visível o poder da maternidade. Como disse o poeta Caetano Veloso: "todo homem precisa de uma mãe". Serão, muitos anos de convívio, pelo menos 14 anos, até que seus filhos possam perceber sozinhos que o coração humano guarda recordações, momentos inesquecíveis, saudades, sentimentos que podem nos fazer sorrir e chorar, mas que o choro seja sempre de felicidade. 

                                                          


Essa é a colheita da fartura, entender nosso compromisso com a perpetuação de nossa espécie para que possamos proteger as formas de vida que geram vidas e que nos faz viver mais melhor.

Comentários

  1. Hoje, dia das mães, devemos nos lembrar do cuidado, de toda proteção que elas devotam aos seus filhos, "um olhar de lince" em tudo que acontece com sua cria, mas do que isso, na espécie humana, "um tsunami"de sentimentos que se misturam e torna visível o poder da maternidade.

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