Uma grave consequência trazida pelo garimpo a Amazônia é a morte dos peixes nos rios e o afastamento dos animais de caça por causa do barulho dos motores do garimpo.
Nas áreas mais impactadas pelo garimpo, o líder indígena conta que os moradores precisam se distanciar da comunidade para conseguirem pescar. “Muitos passam 15 a 20 dias para pegar um peixe sequer.
Sem falar da explosão dos casos de malária e a epidemia de desnutrição infantil nas comunidades invadidas pelo garimpo, com destaque para as comunidades do Arathau, na região do Rio Parima. Nessa região, a malária cresceu 1.127% de 2018 a 2020 e quase 80% das crianças de até cinco anos da região possuem baixo peso ou muito baixo peso.
É prática comum dos garimpeiros deixarem comida algumas vezes para mulheres da comunidade com o objetivo de ganhar a confiança delas. Assim que elas perdem o medo de se aproximar, os garimpeiros cometem o abuso sexual.
Tem meninas de 11, 12, 13 anos sendo aliciadas para ficar na barraca com eles. Eles oferecem [em troca de sexo] alimentação, roupa,presentes. Elas são vulneráveis.
Os garimpeiros falam assim para os Yanomami: “Se você tiver uma filha e a der para mim, eu vou fazer aterrizar uma grande quantidade de comida que você irá comer! Você se alimentará!”
A situação é extrema em Aracaçá, localizada na calha do Rio Uraricoera, comunidade já quase totalmente destruída pelo garimpo. Lá, os indígenas dependem da alimentação oferecida pelos garimpeiros em troca de serviços, como carregar combustível e realizar pequenos fretes de canoa.
O PCC ( facção do crime organizado) tem se infiltrado no garimpo de Roraima. Eles começaram fazendo a segurança dessas áreas. Agora estão expandindo e diversificando seus negócios. Já começaram a explorar também serviços de frete e de casas de prostituição”, afirma o pesquisador.
Os garimpeiros falam assim para os Yanomami: “Se você tiver uma filha e a der para mim, eu vou fazer aterrizar uma grande quantidade de comida que você irá comer! Muitos passam 15 a 20 dias para pegar um peixe sequer.
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