ONDAS DE CALOR MORTAL NA U.E EXTRAPOLA A CORRIDA POR REFRIGERAÇÃO E PODE FALTAR ENERGIA ENQUANTO AUMENTAM AS EMISSÕES.

A onda de calor provocou um pico de demanda de energia em função do uso de ar-condicionado. Segundo a empresa de pesquisas climáticas Kayrros, da Inglaterra, as emissões de carbono aumentaram 18% entre os dias 12 de junho e 17 de julho. No mesmo período, Portugal, Espanha, França e Reino Unido lidavam com temperaturas na casa dos 40 graus Celsius. “Nunca tivemos tamanha clareza sobre a relação entre aumento de temperatura, demanda por refrigeração e emissões de carbono”, disse Antoine Rostand, fundador e presidente da Kayrros, à agência de notícias Euronews. “Infelizmente, essa não será a última onda de calor.” 


Desde o ano 2000, a demanda por sistemas de ar-condicionado cresce a um ritmo anual de 4% na Europa. Semana passada, ela explodiu. Na Inglaterra, a rede de varejo Sainsbury’s, a segunda maior do país, registrou um aumento de 1.400% na venda desses equipamentos. Mais baratos, os ventiladores tiveram um crescimento de 1.876%. A demanda se justifica: na Europa, esse nível de calor gera risco de morte a uma população envelhecida e mais preparada para o inverno do que para o verão. Para lidar com o “calor mortal”, diz Rostand, é preciso encontrar maneiras sustentáveis de atender a demanda por refrigeração e endereçar as causas do aquecimento global.

                                               



 O ar-condicionado, no entanto, não é a única causa da pressão no sistema energético europeu. As temperaturas extremas reduzem a eficiência das termelétricas a gás, que passam a gerar menos energia com a mesma quantidade de combustível. Na Alemanha, a seca fez o nível do Rio Reno cair para o menor patamar em 15 anos, ameaçando o transporte fluvial de carvão para as termelétricas. Nem as usinas nucleares escapam da onda infernal. Com águas mais quentes, é difícil resfriar os geradores, que operam em capacidade reduzida por questões de segurança. 


Assim como as casas, a infraestrutura de geração de energia da Europa é preparada para o inverno, já que as temperaturas abaixo de zero são mais comuns na região do que as acima de 40. A preocupação, agora, é com os estoques de combustíveis. Levando em consideração as sanções em curso contra a Rússia e a maior necessidade de geração atual, especialistas começam a calcular se haverá energia suficiente para quando as temperaturas baixarem. O inverno, afinal, está chegando.

Comentários

  1. Na Inglaterra, a rede de varejo Sainsbury’s, a segunda maior do país, registrou um aumento de 1.400% na venda de ar condicionado. Mais baratos, os ventiladores tiveram um crescimento de 1.876%. A demanda se justifica: na Europa, esse nível de calor gera risco de morte a uma população envelhecida .

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  2. O aquecimento global é fato, a precaução para minimizar os efeitos do calor excessivo já é tardia, só resta a humanidade, fazer o dever de casa, atrasada em duas décadas em média, para que eventuais verões, não extermine parte da população mundo afora.

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