REPERCUSSÕES SOCIOECONÔMICAS DA SECA AGRÍCOLA.

A seca é considerada um fenômeno que age silenciosamente, o que significa que as populações não estão cientes dela até que seus efeitos tenham durado algumas semanas ou meses. A comunidade científica está em constante alerta e estuda sua presença em regiões ou países onde as consequências são mais drásticas. No entanto, essa concentração desvia a atenção daquelas áreas geográficas em que a mesma coisa pode estar acontecendo.

Um trabalho de pesquisa publicado na revista Global and Planetary Change analisou a evolução da umidade no solo europeu durante os últimos 30 anos. A conclusão a que chegaram foi que o solo tem cada vez menos água.

O problema da seca está no longo período de tempo em que há escassez de recursos hídricos. Isso causa efeitos adversos relacionados à sociedade, aos sistemas de produção e aos ecossistemas. 

                               

Dos diferentes tipos de secas existentes, a que afeta diretamente a nossa segurança alimentar é principalmente a seca agrícola. O processo hidrológico, assim como o ambiente natural e socioeconômico, são fatores que determinam o tipo de seca. Os mais comuns são os seguintes:

• Seca meteorológica: este tipo de seca ocorre quando há menos precipitação do que o normal por um período prolongado de tempo.
• Seca hidrológica: é identificada quando os recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, estão abaixo do normal por um período.
• Seca agrícola: este caso ocorre quando a disponibilidade de água no solo para as plantas é menor e afeta negativamente o rendimento das culturas e a produção agrícola.

A seca agrícola, é o tipo de seca é a que tem maior impacto social, pois os atingidos são um setor sensível e socioeconômico. Assim como afeta a economia dos agricultores, também coloca em risco a segurança alimentar das regiões que dela dependem.