DUAS ÁRVORES FRUTÍFERAS RECÉM-DESCOBERTAS NA MATA ATLÂNTICA JÁ ESTÃO AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO.

Reduzida a fragmentos de sua cobertura vegetal original, a Mata Atlântica ainda é capaz de surpreender pesquisadores, como mostra a recente descoberta de duas novas espécies de  árvores frutíferas no bioma.

A poucos quilômetros da metrópole do Rio de Janeiro, dentro de áreas protegidas nos municípios de Niterói e Maricá, foram descobertas a uvaia-pitanga (Eugenia delicata) e a cereja-amarela-de-niterói (Eugenia superba). Com baixo número de indivíduos e ocorrências restritas, as duas espécies já podem ser consideradas sob risco de extinção, como alertam os cientistas.

As descobertas são resultados da pesquisa realizada por um time de sete cientistas do Jardim do Botânico do Rio de Janeiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Universidade Federal do Ceará (UFCE).

O estudo começou a partir de coleções botânicas anteriores, onde duas amostras em particular chamaram a atenção dos pesquisadores. Apenas com as amostras, entretanto, não havia material suficiente para chegar a conclusão se se tratavam de espécies desconhecidas ou não. Então, foi organizado um esforço colaborativo em busca das peças que faltavam nesse mistério. As idas a campo compensaram e resultaram na descrição de duas novas espécies de árvores frutíferas para a Mata Atlântica fluminense.

Para enfrentar os riscos que circundam as espécies recém-descobertas, os botânicos apostam nos seus frutos comestíveis e suas belas flores para incentivar que as árvores sejam usadas para fins ornamentais e frutíferas e, com isso, promover também sua conservação.

Uvaia-pitanga

Com troncos de cerca de 12 metros de altura, a uvaia-pitanga chama atenção com seus frutos alaranjados e suculentos que aparecem entre setembro e janeiro, de sabor azedo e aromático.  Já a floração, que ocorre entre maio e setembro, desabrocha delicadas pétalas brancas e filamentos coroados por pontos alaranjados.

                                               


Cereja-amarela-de-Niterói

De frutos de cor amarelada, que amadurecem a partir de dezembro, a cereja-amarela-de-niterói apresenta flores grandes com pétalas verdes e grossas. A árvore apresenta um tronco avermelhado de 15 metros de altura e encantou tanto os pesquisadores que, em seu batismo científico, “superbus”, fazem uma referência ao aspecto soberbo da árvore e do local onde foi encontrada, cercada por outras grandes árvores.

“Embora a espécie ocorra apenas dentro de áreas protegidas, espera-se que a qualidade de seu habitat diminua continuamente devido aos efeitos da fragmentação, crescimento urbano e fogo”, alertam no artigo. Por isso, a cereja-amarela-de-niterói deve ser considerada Criticamente Em Perigo, o grau mais crítico de ameaça de extinção, sugerem os pesquisadores.

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  1. A poucos quilômetros da metrópole do Rio de Janeiro, dentro de áreas protegidas nos municípios de Niterói e Maricá, foram descobertas a uvaia-pitanga (Eugenia delicata) e a cereja-amarela-de-niterói (Eugenia superba). Com baixo número de indivíduos e ocorrências restritas, as duas espécies já podem ser consideradas sob risco de extinção, como alertam os cientistas.

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