O DESMATAMENTO SÓ PIORA A "SAÚDE DOS ECOSSISTEMAS" AFETANDO TAMBÉM A SAÚDE HUMANA.

Ao derrubar árvores e interferir na natureza, o homem se expõe a doenças provocadas por insetos vetores e microrganismos. O perigo chega às cidades que não aprenderam a controlar essa ameaça. 

Um novo estudo do WWF-Brasil, mostra a íntima relação entre a saúde humana e a saúde do meio ambiente. A nota técnica mostra como o desmatamento, as queimadas, a poluição do ar, a alteração das temperaturas e as novas doenças decorrentes de modificações de ecossistemas têm afetado a saúde e o bem-estar da população em geral.

                                                  

                             ( nuvem de fumaça em Manaus).

De acordo com o documento, o ar da floresta Amazônica é muito limpo, especialmente na estação chuvosa, quando as precipitações removem aerossóis da atmosfera. No entanto, essa característica se modifica com as queimadas: a fumaça decorrente dos incêndios na Amazônia é altamente tóxica, causando falta de ar, tosse e danos pulmonares à população, e respondem por 80% do aumento regional da poluição por partículas finas, afetando 24 milhões de pessoas que vivem na região.

Outro dado apresentado é que durante a “estação das queimadas” na Amazônia brasileira (entre julho e outubro), aproximadamente 120 mil pessoas são hospitalizadas anualmente devido a problemas de asma, bronquite e pneumonia. Durante períodos de incêndios intensos, principalmente em eventos de seca extrema, os poluentes da queima de biomassa podem aumentar as taxas de mortalidade cardiorrespiratória, bem como induzir danos genéticos que contribuem para o desenvolvimento de câncer do pulmão.

Além das doenças causadas pelo fogo, o desmatamento pode aumentar a transmissão de doenças infecciosas e até o surgimento de novas doenças.  Um aumento de 10% no desmatamento leva a um aumento de 3,3% na incidência da malária, por exemplo.Pesquisas na Amazônia peruana mostraram a existência de números maiores de larvas em poças d’água morna parcialmente abrigadas do sol, como as que se formam na beira de estradas abertas dentro da mata, e em água acumulada em m eio a detritos, que não é consumida pelas árvores.

Existem inúmeras evidências que destacam a importância da natureza para promover uma melhora nos estados de ânimo e bem-estar. A experiência na natureza está associada a uma melhora em vários índices de saúde, como a diminuição da pressão arterial, a redução dos hormônios associados ao estresse, a melhora dos batimentos cardíacos, do humor, da função cognitiva, dentre outros aspectos.  

A dinâmica de expansão pecuária-agricultura é considerada a principal causa do desmatamento no Brasil e das emissões de carbono. Na Amazônia, entre 2000 e 2020, mais de 40 milhões de hectares de florestas foram convertidas em pastagens. 

Algumas ações podem ajudar a manter os serviços ecossistêmicos das florestas e evitar os riscos de sua destruição. A principal delas é a restauração das florestas desmatadas ou degradadas, inclusive as próximas de centros urbanos.  Os sistemas agroflorestais são apontados como uma das soluções para a produção sustentável. O levantamento ressalta aspectos positivos dos sistemas agrícolas amazônicos: são altamente sofisticados e incluem uma multiplicidade de plantas cultivadas, manejo complexo da paisagem, articulação com outras atividades de subsistência (caça, pesca, extrativismo)


Comentários

  1. A dinâmica de expansão pecuária-agricultura é considerada a principal causa do desmatamento no Brasil e das emissões de carbono.

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