MONITORAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE BOTOS DO RIO AMAZONAS AGORA É FEITO POR DRÔNES.

Na região da Floresta Amazônica, são encontradas duas espécies destes mamíferos aquáticos:  o boto cor-de-rosa       (Inia geoffrensis, também conhecido como boto-vermelho) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis).  A observação de algumas espécies em seu habitat natural nem sempre é uma tarefa simples. É o caso, por exemplo, dos botos amazônicos, também chamados de golfinhos amazônicos.

                                                      


O IBAMA fez uma parceria com o WWF-Brasil e começou a usar drones para estimar a população dos animais. Esta é uma ferramenta que, cada vez mais, está sendo empregada no mundo para facilitar e agilizar os esforços de conservação das espécies, principalmente aquelas ameaçadas de extinção.

O primeiro teste do projeto para contagem dos botos foi realizado no município de Tefé, no Amazonas. “Testamos diferentes altitudes e velocidades de voo com o drone, assim como diferentes ângulos da câmera. Após a análise das imagens geradas, será possível definir os parâmetros mais adequados e desenvolver um algoritmo de identificação automática de botos.

Tanto o boto-cor-de-rosa como o tucuxi estão na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), que atualiza anualmente a situação das espécies ameaçadas de extinção no planeta. Mas de acordo com a entidade, os dados sobre os botos amazônicos são insuficientes e é necessário ter mais informações sobre os mesmos.

Mamíferos aquáticos amazônicos tendem a deslocar-se para diferentes ambientes de acordo com a variação do nível d´água, oferecendo desafios a seu monitoramento.

Botos e ariranhas, por exemplo, seguem os peixes para dentro do igapó quando a água sobe, e o peixe-boi migra de uma área de várzea para lagos profundos de terra firme quando o nível do rio diminui. O uso de drônes representa uma forma de atacar este problema, possibilitando estudos de deslocamentos, uso e ocupação de habitat, e estimativas populacionais ao longo do ano.

O boto cor-de-rosa é um dos animais símbolos da Amazônia. Maior golfinho de água doce do mundo, chega a ter até 2,50 m de comprimento e pesar 160 kg. Entre as principais ameaças aos botos amazônicos está a construção de usinas hidrelétricas no Norte do Brasil, que além de impactar a vida e o habitat dos peixes na região, principal fonte de alimentação destes animais, acabam também ficando isolados.

Outro grave problema é a pesca da piracatinga, peixe bastante popular na região amazônica, sobretudo, na Colômbia. A carne do boto é usada como isca. Desde janeiro de 2015, há uma moratória dos Ministérios do Meio Ambiente e Pesca e Aquicultura proibindo a pesca e comercialização da piracatinga.

Comentários

  1. Botos e ariranhas, por exemplo, seguem os peixes para dentro do igapó quando a água sobe, e o peixe-boi migra de uma área de várzea para lagos profundos de terra firme quando o nível do rio diminui. O uso de drônes representa uma forma de atacar este problema, possibilitando estudos de deslocamentos, uso e ocupação de habitat, e estimativas populacionais ao longo do ano.

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