Um grupo de mulheres são as primeiras apicultoras que chegaram ao assentamento de Ximenes, no município de Barreiros, no estado de Pernambuco, Brasil. Foram evadidas de suas casas devido à expansão da área portuária de Suape mais ao norte.
O novo assentamento fornecido pelo governo é cercado por uma enorme plantação de cana-de-açúcar. O solo é improdutivo e os pesticidas ameaçam as abelhas nativas. Não há estradas pavimentadas, escolas ou centros de saúde na área. A habitação é precária e a área é muitas vezes inundada pelo rio.
Com poucas opções de plantio, as mulheres recorreram à universidade local para aprender como criar abelhas. A professora Renata Valéria Gomes, do departamento de zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, forneceu os trajes de proteção e as colmeias e ensinou técnicas de apicultura para a produção de mel de qualidade e livre de agrotóxicos. Até então a apicultura no município era realizada apenas por homens.
Para atrair mais abelhas, elas começaram a plantar ao redor de suas casas usando técnicas transmitidas por seus ancestrais, transformando seus quintais em oásis com flores, árvores e plantações. Combinam técnicas de melhoramento genético com conhecimentos ancestrais para encontrar formas sustentáveis de produção de mel.
Ao constatar que essas mulheres melhoraram suas vidas cuidando das abelhas e também do entorno, podemos repensar um futuro com novas possibilidades, em que não tenhamos que destruir para sobreviver.
Podemos acreditar que temos ao nosso alcance as ferramentas e os recursos para estabelecer projetos cooperativos que estejam em sintonia com os ritmos da natureza e a própria vida.
Precisamos usar todos os recursos disponíveis: ciência, tecnologia e comunidade, para priorizar o cuidado com a terra e a sabedoria ancestral que no caso dessas mulheres, trouxeram para suas vidas.
Essas são as chaves para um mundo melhor para humanos e para todas as outras formas de vida que se resume no dueto bio-economia e preservação.
Para atrair mais abelhas, elas começaram a plantar ao redor de suas casas usando técnicas transmitidas por seus ancestrais, transformando seus quintais em oásis com flores, árvores e plantações.
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