Hoje sabemos, que as mudanças climáticas afetam nossos sistemas alimentares, condições de vida, água e territórios, podem provocar também problemas sérios de saúde, como doenças respiratórias, cardiovasculares e dengue, além de insegurança alimentar, problemas no solo, na agricultura em geral e familiar, migrações indesejadas, incêndios, enchentes, etc.
Em muitas culturas e sociedades, as mulheres têm impulsionado e sustentado laços de solidariedade, cuidado, coletividade e cooperação. As mulheres carregam uma carga desproporcional de trabalho não remunerado, como cuidadoras, e são agentes críticos no desenvolvimento sustentável de todos os países. As mudanças climáticas afetam mais as mulheres e as meninas.
De acordo com estudos da Oxfam, as mulheres são responsáveis por 75% de todo o trabalho de cuidado não remunerado no mundo. Quando deixam suas casas por causa do perigo das enchentes ou furacões e vão para abrigos, tem havido casos de meninas e mulheres violentadas, exemplo no caso do furacão Katrina, em Nova Orleans (EUA). Outros casos de violência são com relação à procura de água: meninas e mulheres tem que andar quilômetros e as vezes são caminhos perigosos onde podem ser sequestradas para casamento infantil, tráfico ou sofrer violência de gênero.
Outra forma que toma a violência de gênero como consequência das mudanças climáticas é a perpetrada contra as defensoras do meio ambiente devido ao seu ativismo. São desde assassinatos, torturas, estupros, ameaças, assédios sexuais. Todas têm como único objetivo silenciá-las como lideranças em suas comunidades, territórios e movimentos sociais. Segundo dados da ONU, apontaram que todos os anos, 3,8 milhões de pessoas, a maioria mulheres e crianças, são mortas pela poluição do ar causada pelo uso de energia impura para cozinhar e aquecer em domicílios.
As mulheres são responsáveis por 75% de todo o trabalho de cuidado não remunerado no mundo.
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