AS ONDAS DE CALOR TESTAM A CAPACIDADE DO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO EM TEMPOS DE AQUECIMENTO GLOBAL.

Na tarde de terça-feira (14), o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) listava 16 estados brasileiros em situação de “grande perigo” devido à onda de calor. Segundo o instituto, isso significa que estavam previstos “fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional”, com riscos relevantes à saúde humana. 

A demanda por energia elétrica no Brasil atingiu o maior patamar da história na terça-feira (14). A marca foi identificada às 14h20 pelo ONS (Operador do Sistema Nacional) e superou o recorde registrado no dia anterior. 

Os riscos atuais de ocorrências de fornecimento elétrico estão nas áreas de transmissão e, principalmente, de distribuição, mas nunca na geração. Em outras palavras: o Brasil consegue gerar energia suficiente para atender à alta demanda, mas não necessariamente tem capacidade de levar essa energia à ponta sem riscos de instabilidades. O sistema brasileiro, não tem a automação necessária para prever ou responder rapidamente a e momentos de maior variabilidade. Isso leva a riscos de apagões de grande escala.

                           


                        

Quando ocorrem temperaturas muito elevadas, isso gera uma certa dilatação nos cabos, que, no jargão, ficam ‘barrigudos’”. Aumentando a chance de um cabo se chocar com outro, e aí há risco de um apagão de escala maior. Além do fenômeno meteorológico El Niño, a emissão de gases do efeito estufa é outro fator que provoca alterações no sistema elétrico por conta de eventos extremos — como secas, temporais fortes e ondas de calor — tendem a ficar cada vez mais frequentes. Apesar de ser um fenômeno natural, o próprio El Niño está sendo intensificado pelas mudanças climáticas, segundo cientistas. 

Os cientistas da área elétrica dizem que, para adaptar o sistema elétrico brasileiro ao contexto das mudanças climáticas, é necessário expandir as linhas de transmissão e, principalmente, investir para melhorar e modernizar a infraestrutura de distribuição. Isso inclui o aterramento de fios, que protege os cabos e diminui o risco de sobrecarga e interrupção do fornecimento.




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  1. A demanda por energia elétrica no Brasil atingiu o maior patamar da história na terça-feira (14). A marca foi identificada às 14h20 pelo ONS (Operador do Sistema Nacional) e superou o recorde registrado no dia anterior.

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