EVIDÊNCIAS DE QUE OS HUMANOS DO MESOLÍTICO E PALEOLÍTICO SUPERIOR PRATICAVAM CANIBALISMO.

A prova de que os humanos da Idade da Pedra Média, ou do Período Mesolítico, eram canibais, pode ser comprovada em suas fezes fossilizadas  também chamadas de coprólitos.

Pesquisadores encontraram pedaços de ossos humanos em cocô humano de 9 mil a 10,2 mil anos atrás, nas profundezas de uma caverna em Alicante, na Espanha. Alguns desses ossos tinham marcas de mordidas, cortes e arranhões. No entanto, não se sabe ao certo se essas pessoas foram comidas durante rituais ou simplesmente porque os canibais estavam morrendo de fome. 

                                             


No entanto, uma pesquisa que se concentrou no período Magdaleniano, humanóides que viveram há cerca de 11 mil a 17 mil anos final do Paleolítico Superior. Especialistas do Museu de História Natural de Londres analisaram a literatura para identificar 59 sítios magdalenianos que contêm restos humanos. A maioria estava na França, mas há sítios também na Alemanha, Espanha, Rússia, Reino Unido, Bélgica, Polônia, República Checa e Portugal.

Há evidências de restos mortais humanos com marcas de mordidas, ossos de crânio com marcas de corte e ossos quebrados propositalmente em um padrão associado à extração de medula óssea em busca de nutrientes, indicando que o canibalismo era praticado. A manipulação ritualística de restos mortais humanos e a sua ocorrência frequente em locais do norte e oeste da Europa sugerem que o canibalismo era uma prática funerária – e não um complemento à dieta – difundida na cultura magdaleniana, disseram os pesquisadores.

Evidências sugerem que o canibalismo mortuário era um método que o povo magdaleniano usava para se livrar de seus falecidos, segundo o estudo. Em vez de enterrar seus mortos, essas pessoas os comiam, portanto o canibalismo não era praticado simplesmente por necessidade, disse a coautora do estudo Silvia Bello, paleoantropóloga e pesquisadora principal do Museu de História Natural, em um comunicado à imprensa.  

Haviam dois grupos distintos,um da cultura magdaleniana e outro chamado epigravetiano, uma cultura humana europeia diferente e geograficamente distinta. Os pesquisadores descobriram que aqueles pertencentes à cultura magdaleniana no noroeste da Europa preferiam comer os seus mortos, enquanto os humanos da cultura epigravetiana preferiam enterrar os seus mortos sem canibalismo.

A presença de sepultamentos regulares durante o Magdaleniano Superior deveu-se à migração de indivíduos com ascendência relacionada com o Epigravetiano para áreas anteriormente habitadas por pessoas com ascendência relacionada com o Magdaleniano que praticavam o canibalismo funerário.  Este estudo fornece evidências bastante convincentes de que o canibalismo ritual funerário era praticado por pessoas em toda a Europa há 20 mil – 14 mil anos atrás.

Comentários

  1. Pesquisadores encontraram pedaços de ossos humanos em cocô humano de 9 mil a 10,2 mil anos atrás, nas profundezas de uma caverna em Alicante, na Espanha. Alguns desses ossos tinham marcas de mordidas, cortes e arranhões.

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