Um dos principais problemas da política ambiental do governo Bolsonaro entre 2019 e 2022 foi o aumento do desmatamento na Amazônia . Lula e Marina Silva, atual ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, transformaram a reversão desse quadro num dos principais objetivos do governo em 2023. Para isso, o Planalto relançou em janeiro o chamado PPCDam (Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia), que consiste em:
1- monitoramento da Amazônia por meio de satélites.
2- aplicação da lei ambiental, com o fortalecimento de órgãos fiscalizadores.
3- expansão de áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação.
4- restrição de crédito para fazendeiros que desmataram.
A iniciativa mobilizou órgãos como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A autarquia fiscalizadora voltou a atuar de forma expressiva depois de ter perdido capacidade no governo Bolsonaro.
Apenas no primeiro semestre de 2023, a quantidade de multas ambientais aumentou 167% na comparação com a média para o mesmo período nos quatro anos anteriores, segundo dados do governo. As medidas tiveram resultado. Em novembro, o Inpe divulgou que o desmatamento na Amazônia diminuiu 22,3% entre agosto de 2022 e julho de 2023, na comparação com o mesmo período anterior. A área derrubada, de 9.001 km², representa a primeira vez desde 2018 em que o desmate no bioma ficou abaixo de 10 mil km².
Essas ações não foram suficientes, no entanto, para frear a derrubada florestal no restante do país. Enquanto o desmatamento na Amazônia caiu, o do Cerrado continuou subindo, embora em ritmo menos acelerado que no ano anterior (Inpe).
11.011,7 km² foi o desmatamento no Cerrado entre agosto de 2022 e julho de 2023; extensão é a maior derrubada no bioma desde 2016 e representa um crescimento de 3% em relação ao período anterior.
Para tentar reverter o quadro, o governo anunciou em novembro novas políticas para o bioma, incluindo incentivos à atividade produtiva sustentável e mais ações de regularização fundiária.
O desmatamento na Amazônia diminuiu 22,3% entre agosto de 2022 e julho de 2023, na comparação com o mesmo período anterior. A área derrubada, de 9.001 km², representa a primeira vez desde 2018 em que o desmate no bioma ficou abaixo de 10 mil km².
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