É preciso saber que 100% da economia é 100% dependente da natureza. A natureza é tudo: biodiversidade, água, minerais, óleo e gás… Então, de certa forma, tudo é economia de natureza.
Somente uma mudança histórica, pode fazer com que a natureza deixe de ser sub-precificada ou ignorada — que é o que tem levado ao seu uso de uma maneira insustentável —, e passe a ser precificada e negociada.
Usar a natureza de uma maneira mais sustentável para sistemas produtivos é uma forma, por exemplo, de produzir alimentos de alta qualidade sem impactar negativamente os esforços de contenção das mudanças climáticas.
Atualmente, é evidente que as mudanças climáticas são um problema existencial, mas ainda assim temos, no mundo, bilhões de dólares todos os anos indo para a extração de combustíveis fósseis, que continuarão sendo usados pelos próximos 50 a 70 anos. Isso é parte do debate no Brasil, também.
Como se mede qual é o estado da natureza, num nível científico? Não se pode simplesmente somar água, solo, pássaros, fungos e árvores. A biodiversidade é intrinsecamente a relação entre todas essas partes. É a complexidade fundamental: a saúde da natureza está ligada à relação dinâmica entre diferentes elementos, não é simplesmente o estado de um elemento só.
Temos que entender o que fazer para garantir que vamos conseguir os benefícios dos mercados de natureza, mitigando os riscos. A economia global está viciada em sobre-utilizar a natureza. Por isso, é necessário que todos os atores sejam envolvidos na tentativa de mudar essa história.
Qualquer solução que não beneficie os povos indígenas e comunidades locais não vai funcionar. É preciso lembrar que 80% da biodiversidade global é administrada por essas pessoas.
O Brasil quer firmar parceria com outros países para frear o crime ambiental, especialmente o garimpo ilegal, o tráfico de drogas e de espécies da vida silvestre e a devastação [florestal] que destrói a Amazônia e o Cerrado.
A saúde da natureza está ligada à relação dinâmica entre diferentes elementos, não é simplesmente o estado de um elemento só. Não se pode simplesmente somar água, solo, pássaros, fungos e árvores.
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