SUPER-POVOAMENTO NAS ÁREAS URBANAS DO RIO DE JANEIRO TORNA A VIDA REPLETA DE RESTRIÇÕES.

Em qualquer lugar do mundo civilizado, o amanhecer inaugura uma nova rotina na vida dos trabalhadores nos dias úteis da semana. Esse recomeço das atividades diárias, portanto, não é fácil para a maioria das pessoas que vivem no Rio de Janeiro, e muitas delas ficam sem saber se voltam para casa no final do dia por diversas razões que tentarei discorrer nessa postagem.

                                           


A realidade é que as cidades, mesmo as planejadas, em algum momento começam a se deteriorar com a migração populacional em busca de qualidade de vida, contudo, ficam abarrotadas de automóveis, ônibus, caminhões, máquinas nas pistas e milhares de pessoas descartando lixo em coletores que transbordam e vão parar nas calçadas e nas ruas.

Um dos piores cenários são os alagamentos durante as enchentes cada vez mais frequentes que invadem as residências, situação agravada muitas vezes pelo transbordamento de rios que cortam as cidades e recebem o lixo carregado pelas águas das chuvas.

O contingente de pessoas que perdem seus pertences e até mesmo suas casas é grande, normalmente mulheres e crianças desabrigadas são obrigadas a se alojar em escolas e igrejas enquanto os homens ainda saem para resolver questões relacionadas com a sobrevivência da família. Em geral, a mulher que trabalha, fica impedida, em um primeiro momento de voltar a rotina normal, esperando ter certeza que seus pequenos estejam acomodados em local seguro e protegido.

As pessoas mais humildes, perdem documentos, perdem seus eletrodomésticos, camas e colchões e suas vestimentas. Além disso, aguardam ansiosamente por uma cesta básica, produtos de higiene pessoal e água potável. É obvio, que nesse panorama, estão sujeitas a um período de subnutrição forçada.

Os mais ricos também sentem na carne, os prejuízos da desigualdade social, as ruas e avenidas por onde transitam seus carros podem alagar, com as chuvas e pistas molhadas são mais frequentes os acidentes de trânsito e acontecem quilomêtros de engarrafamentos. Os mercados, lanchonetes, restaurantes, consultórios, escritórios e fábricas onde um grande contingente de trabalhadores de nível básico e médio, não funcionam direito, o motivo é que esses "atores" que atendem os bastardos, não chegarão nos seus postos de trabalho em tempo hábil, ou nem irão trabalhar nesses dias desfavoráveis.

A cidade entregue ao caos urbano é ainda mais arriscada e perigosa a todos os transeuntes de todas as classes sociais, surgem os aproveitadores, os exploradores, os ladrões, os mais expertos maliciosos e salvem-se quem puder. As pessoas andam sempre mais depressa ou na correria para compensar o tempo perdido ou por receio de que não possa voltar para casa, após mais uma prova de sobrevivência.

Em dias normais, com céu claro, período escolar, viver em uma grande metrópole já é, por si só complicado, há filas em todo lugar, há motocicletas avançando sinal, há burocracia de 5 horas para tirar uma identidade e nos postos de saúde o atendimento é demorado. Falta energia elétrica em vários bairros em todo estado do Rio de Janeiro, e também falta água. São milhares de jovens e famílias vivendo em condições precárias nesta cidade maravilhosa para turistas.

Comentários

  1. A cidade entregue ao caos urbano é ainda mais arriscada e perigosa a todos os transeuntes de todas as classes sociais, surgem os aproveitadores, os exploradores, e os furtos são frequentes,

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