Atualmente, as populações de botos-rosa da Amazônia estão diminuindo, e a espécie enfrenta sérios riscos de extinção. Eles são classificados como **vulneráveis** pela Lista Vermelha da IUCN.
Estudos sugerem que populações de botos estão diminuindo a uma taxa de cerca de 10% ao ano em algumas regiões**, especialmente onde a pesca da piracatinga é mais prevalente. - Em áreas com maior presença humana e atividade econômica, como os arredores de Manaus e outras grandes cidades amazônicas, a redução é ainda mais acentuada. Não há um número global exato da população de botos-rosa devido à dificuldade de monitoramento em rios vastos e complexos.
Infelizmente, a prática de matar o boto-rosa para servir de isca na pesca do peixe piracatinga (**Calophysus macropterus**) é uma das principais ameaças à espécie. A piracatinga é um peixe necrófago, ou seja, alimenta-se de carne em decomposição. Por isso, pedaços de carne de animais mortos, como o boto-rosa ou o jacaré, são usados como isca para atraí-lo. - Os pescadores preferem o boto-rosa porque sua carne é abundante e libera um odor forte que atrai a piracatinga rapidamente.
Atualmente, a pesca da piracatinga enfrenta proibição no Brasil devido à sua forte associação com a matança de botos e jacarés usados como isca. Essa prática prejudica gravemente as populações do boto-cor-de-rosa, uma espécie já ameaçada de extinção, com uma estimativa de redução populacional pela metade a cada 10 anos em regiões impactadas. A proibição, renovada desde 2015 e válida por tempo indeterminado desde 2023, também visa mitigar os riscos à saúde humana, já que a piracatinga acumula altos níveis de mercúrio, excedendo os limites seguros para consumo.
A piracatinga é um peixe necrófago, ou seja, alimenta-se de carne em decomposição.Os pescadores preferem o boto-rosa porque sua carne é abundante e libera um odor forte que atrai a piracatinga rapidamente.
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