Na região Nordeste do Brasil, há centros e iniciativas voltados para a pesquisa e conservação de primatas. O principal destaque é o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), localizado em João Pessoa, Paraíba, mas na Universidade Federal de Pernambuco, o Guigó sp. também é estudado. Aqui estão os detalhes:
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB)
Localização: João Pessoa, Paraíba
Administração: ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)
Foco de atuação:
- Conservação de primatas ameaçados de extinção no Brasil.
- Pesquisa científica sobre ecologia, comportamento, genética e saúde dos primatas.
- Planejamento e implementação de Planos de Ação Nacionais para a Conservação de Primatas.
- Educação ambiental e treinamento de pesquisadores.
Espécies de interesse:
- O guigó-da-caatinga (Callicebus barbarabrownae), uma espécie endêmica e ameaçada da região Nordeste.
- Outras espécies nativas em risco devido à degradação do bioma Caatinga e áreas de transição para a Mata Atlântica.
Além do CPB, há outras iniciativas e universidades no Nordeste que desenvolvem estudos voltados à primatologia, principalmente em estados como Bahia, Pernambuco e Alagoas. Por exemplo:
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Pesquisas com foco em ecologia e comportamento de primatas na região da Mata Atlântica nordestina.
Projeto de Conservação do Guigó-da-Caatinga
- Trabalha especificamente na conservação do guigó-da-caatinga, em áreas do bioma Caatinga.
- Realiza ações de monitoramento, reintrodução e conscientização local.
Em Alagoas, a pesquisa e conservação de primatas têm se concentrado principalmente em espécies ameaçadas, como o macaco-prego-galego (Sapajus flavius) e o guariba-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul). Esses esforços envolvem instituições governamentais, centros de triagem e iniciativas de conservação.
Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS/IBAMA/IMA/AL):
Localizado em Maceió, o CETAS é responsável pelo manejo de fauna silvestre, incluindo primatas. O centro realiza atividades de recebimento, identificação, avaliação, tratamento, reabilitação e destinação de animais provenientes de fiscalização, resgates ou entregas voluntárias. Amostras biológicas de primatas são coletadas e enviadas ao Laboratório Central de Alagoas (LACEN) para diagnóstico de zoonoses. Além disso, o CETAS desenvolve pesquisas científicas e trabalhos de educação ambiental.
O Ministério Público de Alagoas tem avançado na elaboração de um Plano de Ação Estadual para a proteção do macaco-prego-galego, com o objetivo de preservar áreas de ocorrência e proteger os animais, já identificados em 10 municípios do Sertão alagoano.
Estudos acadêmicos têm sido conduzidos para compreender a ecologia e o uso do espaço por primatas em áreas de Mata Atlântica de Alagoas. Por exemplo, pesquisas realizadas na Mata do Junco, no município de Jequiá da Praia, focaram no comportamento e uso do habitat pelo macaco-prego-galego e pelo guariba-de-mãos-ruivas.
O guigó-da-caatinga (Callicebus barbarabrownae), é uma espécie endêmica e ameaçada da região Nordeste.
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