A ARARINHA-AZUL-LEAR SAI DE CRIADOUROS PRÓPRIOS, É REINTRODUZIDA EM SEU HABITAT E AUMENTA SUA POPULAÇÃO.

 

A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é uma espécie endêmica do Brasil, encontrada principalmente na região da Caatinga, no estado da Bahia, especialmente na área conhecida como Raso da Catarina. Atualmente, essa espécie não está extinta na natureza, mas é considerada vulnerável devido a ameaças como a destruição de seu habitat e a captura para o comércio ilegal.

A população da arara-azul-de-lear tem apresentado sinais de recuperação graças a esforços de conservação, incluindo a proteção de áreas de nidificação e programas de reprodução em cativeiro. Estima-se que existam cerca de 1.300 indivíduos adultos na natureza, e a tendência populacional é de aumento.

É importante não confundir a arara-azul-de-lear com a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), que é outra espécie brasileira que foi considerada extinta na natureza em 2000. No entanto, em junho de 2022, oito ararinhas-azuis nascidas em cativeiro foram reintroduzidas na natureza na região de Curaçá, Bahia, como parte de um projeto de reintrodução da espécie.

Portanto, enquanto a arara-azul-de-lear ainda enfrenta desafios de conservação, ela continua a existir em seu habitat natural, com esforços contínuos para garantir sua preservação.

A reintrodução da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) em seu habitat natural é resultado de uma colaboração entre diversas instituições comprometidas com a conservação da espécie. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente do Brasil, desempenha um papel central nesse processo, coordenando o Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-Azul (PAN Ararinha-Azul).

Uma parceria significativa foi estabelecida entre o ICMBio e a organização não governamental alemã Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP). Essa colaboração resultou na repatriação de 52 ararinhas-azuis da Alemanha para o Brasil, que foram alojadas no Criadouro Científico para Fins Conservacionistas do Programa de Reintrodução da Ararinha-Azul, localizado em Curaçá, Bahia.

Além dessas instituições, o Instituto Arara Azul, uma organização não governamental brasileira, também contribui para a conservação de psitacídeos ameaçados, embora seu foco principal seja a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus). Essas iniciativas conjuntas visam não apenas a reintrodução da ararinha-azul em seu ambiente natural, mas também a proteção e recuperação de seu habitat na Caatinga, garantindo a sobrevivência a longo prazo dessa espécie emblemática.

                                            


Comentários

  1. A repatriação de 52 ararinhas-azuis da Alemanha para o Brasil foi fundamental para o crescimento das populações, inicialmente, elas foram alojadas no Criadouro Científico para Fins Conservacionistas do Programa de Reintrodução da Ararinha-Azul, localizado em Curaçá, Bahia.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Nossa intenção é proporcionar aos leitores, uma experiência atualizada sobre os fatos globais que possam ser discutidos
e possam provocar reflexões sobre o modelo de sustentabilidade
que desejamos adotar para garantir agora e no futuro a qualidade
de vida para todas as espécies da Terra.