A INSEGURANÇA ALIMENTAR AFETA A SAÚDE DOS BRASILEIROS NO QUESITO PROTEÍNA NAS REFEIÇÕES.

 


No contexto global, mais de 700 milhões de pessoas enfrentavam fome em 2024, representando uma em cada 11 pessoas no mundo. No Brasil, embora tenha havido avanços na redução da pobreza, a fome ainda é uma realidade que afeta 15,5% da população. 

No Brasil, as regiões Norte e Nordeste apresentam os maiores índices de insegurança alimentar. De acordo com dados de 2023, aproximadamente 60% dos domicílios nessas regiões enfrentam algum grau de insegurança alimentar. O estado do Pará, por exemplo, lidera o ranking de estados com comida insuficiente na mesa.

Para combater a fome e a subnutrição, o governo brasileiro implementou o Plano Brasil Sem Fome, que integra 80 ações e programas distribuídos em três eixos principais:

  1. Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania: Este eixo visa ampliar programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e promover a inclusão social.

  2. Alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo: Foca no incentivo à agricultura familiar, garantindo que os alimentos produzidos cheguem às mesas das famílias brasileiras.

  3. Mobilização para o combate à fome: Busca engajar a sociedade civil, empresas e governos locais na luta contra a fome.

Além disso, especialistas apontam outras medidas essenciais para mitigar a subnutrição no país, como:

  • Garantia da merenda escolar: Assegurar que todas as crianças tenham acesso a refeições nutritivas nas escolas.

  • Incentivo à agricultura familiar: Apoiar pequenos produtores para aumentar a produção de alimentos saudáveis e acessíveis.

  • Redução do desperdício de alimentos: Implementar campanhas educativas para conscientizar sobre a importância de evitar o desperdício em todas as etapas da cadeia alimentar.

Essas iniciativas, aliadas a políticas públicas eficazes, são fundamentais para reduzir a fome e a subnutrição no Brasil.

Vários tipos de comprometimento à saúde se faz presente nos cidadãos que ingerem pouca ou nenhuma proteína em suas refeições, portanto, a ingestão insuficiente de proteínas pode causar diversos problemas de saúde, pois as proteínas são essenciais para a construção e manutenção dos tecidos, funcionamento do sistema imunológico e produção de hormônios e enzimas. Alguns dos principais comprometimentos à saúde incluem:

1. Perda de Massa Muscular e Fraqueza

  • A falta de proteínas leva à degradação muscular, resultando em fraqueza, fadiga e dificuldades para realizar atividades diárias.

2. Comprometimento do Sistema Imunológico

  • A deficiência proteica reduz a produção de anticorpos, tornando o organismo mais vulnerável a infecções e dificultando a recuperação de doenças.

3. Retardo no Crescimento e Desenvolvimento

  • Crianças que consomem pouca proteína podem apresentar crescimento lento, atraso no desenvolvimento cognitivo e problemas ósseos.

4. Edema (Inchaço)

  • A albumina, uma proteína do sangue, ajuda a regular os líquidos corporais. Sua falta pode levar ao acúmulo de líquidos nos tecidos, causando inchaço, principalmente nas pernas, pés e abdômen (condição conhecida como Kwashiorkor).

5. Queda de Cabelo e Problemas de Pele e Unhas

  • Como as proteínas são essenciais para a renovação celular, a deficiência pode causar queda de cabelo, unhas quebradiças e pele seca ou descamativa.

6. Problemas Cognitivos e Dificuldade de Concentração

  • O cérebro necessita de aminoácidos para produzir neurotransmissores como a serotonina e a dopamina. A falta deles pode levar a problemas de memória, dificuldade de concentração, ansiedade e até depressão.

7. Anemia

  • Proteínas são essenciais para a produção de hemoglobina. A falta delas pode resultar em anemia, causando fadiga, palidez e tontura.

8. Cicatrização Lenta de Feridas

  • A proteína é fundamental para a regeneração dos tecidos, e sua deficiência pode retardar a cicatrização de feridas e aumentar o risco de infecções.

Se a deficiência proteica for severa e prolongada, pode levar a condições graves, como Kwashiorkor e Marasmo, que são formas severas de desnutrição infantil.

Para evitar esses problemas, é fundamental garantir o consumo adequado de proteínas, seja de origem animal (carnes, ovos, laticínios) ou vegetal (feijão, lentilha, grão-de-bico, soja).

Comentários

  1. A deficiência proteica reduz a produção de anticorpos, tornando o organismo mais vulnerável a infecções e dificultando a recuperação de doenças.

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