AS ESPÉCIES DE PEIXES QUE COMEM AS LARVAS DO MOSQUITO DA DENGUE DÃO SINAL VERDE PARA A CONSTRUÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS DO TIPO PESQUE-PAGUE.
Existem peixes larvófagos que se alimentam das larvas do mosquito da dengue (Aedes sp.). Essa característica não está limitada apenas aos alevinos (estágio jovem do peixe), mas também a peixes adultos de algumas espécies.
( Lambari sp. )
Espécies de peixes que consomem larvas do Aedes sp.:
- Lebiste (Guppy) – Poecilia reticulata
- Barrigudinho – Gambusia affinis
- Tamboatá ou Cascudo – Hoplosternum littorale
- Betta – Betta splendens
- Tilápia – Oreochromis niloticus
- Trichogaster – Trichogaster trichopterus
Como esses peixes ajudam no controle do mosquito?
Eles consomem as larvas do mosquito diretamente, ajudando a reduzir a proliferação do vetor da dengue em lagos, lagoas, poços, criadouros artificiais e naturais.
A espécie Gambusia affinis, por exemplo, é amplamente usada no controle biológico de mosquitos em várias partes do mundo devido à sua alta taxa de consumo de larvas.
A construção de um lago artificial para a atividade de pesque-pague pode sim apresentar risco de se tornar um berçário de larvas do mosquito da dengue, mas esse risco pode ser minimizado ou até eliminado com o manejo correto.
Como evitar que o lago se torne um criadouro de Aedes aegypti?
Peixes larvófagos no consórcio
- Associar peixes de valor comercial com espécies larvófagas pode ser uma solução eficaz.
- Espécies como tilápias (Oreochromis niloticus), tucunaré (Cichla sp.) e traíra (Hoplias malabaricus) são peixes comerciais que também podem se alimentar de larvas.
- A introdução de Gambusia affinis ou Lebistes (guppy) pode garantir que qualquer larva presente seja consumida.
Movimentação da água
- O Aedes aegypti prefere água parada para depositar seus ovos.
- Bombas, aeradores ou fontes no lago evitam a estagnação da água, dificultando a proliferação do mosquito.
Vegetação adequada
- Evitar plantas aquáticas que formem áreas de água parada, como aguapés (Eichhornia crassipes), que podem criar pontos de acúmulo de larvas.
- Optar por plantas que promovam sombreamento, reduzindo a incidência direta de sol e dificultando o desenvolvimento do mosquito.
Manejo adequado do lago
- Monitoramento da qualidade da água e da presença de larvas de mosquito.
- Introdução de peixes predadores e manutenção da oxigenação adequada.
- Evitar lixo ou materiais que acumulem água ao redor do lago, prevenindo criadouros externos.
Conclusão:
Se o manejo for bem planejado, o lago não será um risco, mas sim um ambiente equilibrado e até mesmo um aliado no controle biológico do mosquito da dengue. A presença de peixes larvófagos e o correto manejo da água eliminam as chances de o lago se tornar um problema para os moradores.
Associar peixes de valor comercial com espécies larvófagas pode ser uma solução eficaz.
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