AS ESPÉCIES DE PEIXES QUE COMEM AS LARVAS DO MOSQUITO DA DENGUE DÃO SINAL VERDE PARA A CONSTRUÇÃO DE LAGOS ARTIFICIAIS DO TIPO PESQUE-PAGUE.

           Existem peixes larvófagos que se alimentam das larvas do mosquito da dengue (Aedes sp.). Essa característica não está limitada apenas aos alevinos (estágio jovem do peixe), mas também a peixes adultos de algumas espécies.

                                           

                  ( Lambari sp. )

Espécies de peixes que consomem larvas do Aedes sp.:

  1. Lebiste (Guppy) – Poecilia reticulata
  2. Barrigudinho – Gambusia affinis
  3. Tamboatá ou Cascudo – Hoplosternum littorale
  4. Betta – Betta splendens
  5. Tilápia – Oreochromis niloticus
  6. Trichogaster – Trichogaster trichopterus

Como esses peixes ajudam no controle do mosquito?

Eles consomem as larvas do mosquito diretamente, ajudando a reduzir a proliferação do vetor da dengue em lagos, lagoas, poços, criadouros artificiais e naturais.

A espécie Gambusia affinis, por exemplo, é amplamente usada no controle biológico de mosquitos em várias partes do mundo devido à sua alta taxa de consumo de larvas.

A construção de um lago artificial para a atividade de pesque-pague pode sim apresentar risco de se tornar um berçário de larvas do mosquito da dengue, mas esse risco pode ser minimizado ou até eliminado com o manejo correto.

Como evitar que o lago se torne um criadouro de Aedes aegypti?

  1. Peixes larvófagos no consórcio

    • Associar peixes de valor comercial com espécies larvófagas pode ser uma solução eficaz.
    • Espécies como tilápias (Oreochromis niloticus)tucunaré (Cichla sp.) e traíra (Hoplias malabaricus) são peixes comerciais que também podem se alimentar de larvas.
    • A introdução de Gambusia affinis ou Lebistes (guppy) pode garantir que qualquer larva presente seja consumida.
  2. Movimentação da água

    • Aedes aegypti prefere água parada para depositar seus ovos.
    • Bombas, aeradores ou fontes no lago evitam a estagnação da água, dificultando a proliferação do mosquito.
  3. Vegetação adequada

    • Evitar plantas aquáticas que formem áreas de água parada, como aguapés (Eichhornia crassipes), que podem criar pontos de acúmulo de larvas.
    • Optar por plantas que promovam sombreamento, reduzindo a incidência direta de sol e dificultando o desenvolvimento do mosquito.
  4. Manejo adequado do lago

    • Monitoramento da qualidade da água e da presença de larvas de mosquito.
    • Introdução de peixes predadores e manutenção da oxigenação adequada.
    • Evitar lixo ou materiais que acumulem água ao redor do lago, prevenindo criadouros externos.

Conclusão:

Se o manejo for bem planejado, o lago não será um risco, mas sim um ambiente equilibrado e até mesmo um aliado no controle biológico do mosquito da dengue. A presença de peixes larvófagos e o correto manejo da água eliminam as chances de o lago se tornar um problema para os moradores.



Comentários

  1. Associar peixes de valor comercial com espécies larvófagas pode ser uma solução eficaz.

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