O ALTO VALOR NUTRICIONAL DE OSTRAS E MEXILHÕES AINDA PERDE PARA OUTROS MOLUSCOS E CRUSTÁCEOS COMO IGUARIA APRECIADA E O RECEIO DE ESTAREM CONTAMINADOS.
A miticultura no litoral brasileiro, especialmente em Santa Catarina, enfrenta desafios significativos devido ao aumento da ocupação das praias por banhistas, o que pode perturbar e poluir as águas costeiras essenciais para o desenvolvimento do fitoplâncton e zooplâncton, fundamentais para a alimentação dos mexilhões, animais filtradores cultivados em fazendas marinhas.
Situação Atual da Miticultura no Brasil
Santa Catarina lidera a produção nacional de moluscos bivalves, como mexilhões, ostras e vieiras, sendo responsável por aproximadamente 95% da produção brasileira. A atividade gera cerca de 1.500 empregos diretos e está presente em 12 municípios litorâneos, com destaque para Palhoça e Penha.
O estado possui um programa de monitoramento permanente das áreas de cultivo, o Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos, que visa garantir a segurança alimentar e a qualidade dos produtos.
Desafios Enfrentados
Apesar dos avanços, a miticultura enfrenta desafios como a poluição marinha, que pode ser agravada pela presença de banhistas nas praias, e fenômenos naturais como as marés vermelhas, causadas por algas tóxicas que contaminam os moluscos e inviabilizam sua comercialização.
Além disso, a atividade está sujeita a uma série de normas regulatórias que os profissionais precisam seguir rigorosamente, o que pode dificultar a expansão e a sustentabilidade da miticultura.
Estratégias para Mitigar os Impactos
Para enfrentar esses desafios, é fundamental:
Implementar zonas de exclusão: Estabelecer áreas específicas para a miticultura, afastadas das zonas de recreação, para minimizar a interferência humana e a poluição.
Educação ambiental: Promover campanhas de conscientização para os banhistas sobre a importância da miticultura e os impactos de suas atividades nas praias.
Tecnologia e inovação: Investir em técnicas de cultivo mais eficientes e sustentáveis, como o uso de sacolas de fibras para a adesão do bisso dos mexilhões, garantindo a qualidade e a segurança dos produtos.
Essas medidas podem contribuir para a sustentabilidade da miticultura no litoral brasileiro, assegurando a produção de moluscos de qualidade e a preservação dos ecossistemas marinhos.
A carne de moluscos bivalves, como ostras e mexilhões, é frequentemente subestimada no Brasil em comparação a outros frutos do mar, como polvos, lulas, camarões e peixes. Apesar de seu alto valor nutricional e sustentabilidade, diversos fatores contribuem para essa percepção.
Fatores que Influenciam o Consumo de Bivalves
Disponibilidade e Acesso: A produção de moluscos bivalves está concentrada principalmente na região Sul do Brasil, especialmente em Santa Catarina, responsável por mais de 95% da produção nacional de ostras e mariscos. Essa concentração regional pode limitar o acesso a esses produtos em outras partes do país, afetando sua popularidade.
Hábitos Culturais e Preferências: O consumo de frutos do mar no Brasil tende a favorecer crustáceos e peixes, que são mais amplamente disponíveis e tradicionalmente consumidos em diversas regiões. Moluscos bivalves, por outro lado, podem não fazer parte da dieta habitual de muitas pessoas, especialmente em áreas onde sua disponibilidade é limitada.
Percepção de Risco e Segurança Alimentar: Há preocupações relacionadas à segurança do consumo de moluscos bivalves devido à possibilidade de contaminação por microalgas tóxicas, como as responsáveis pela maré vermelha. Embora existam programas de monitoramento e controle, como o realizado em Santa Catarina, essas preocupações podem influenciar negativamente a aceitação desses produtos.
Apresentação e Processamento Limitados: No Brasil, os moluscos bivalves são frequentemente comercializados em formas básicas e minimamente processadas, o que pode limitar seu apelo para consumidores que buscam conveniência ou produtos prontos para consumo. Estudos indicam que há potencial para diversificar as formas de apresentação desses produtos, como mexilhões defumados ou em conserva, o que poderia aumentar sua aceitação.
Potencial de Crescimento e Aceitação
Apesar dos desafios, há sinais positivos para o aumento do consumo de moluscos bivalves no Brasil. Pesquisas indicam que uma parcela significativa de consumidores estaria disposta a experimentar produtos alternativos de moluscos bivalves, especialmente se forem oferecidos em formatos mais convenientes e atrativos. Além disso, os moluscos bivalves são reconhecidos por seus benefícios nutricionais, incluindo baixo teor de gordura, alto valor proteico e menores níveis de contaminantes em comparação a outros frutos do mar. Essas características, aliadas à sustentabilidade de sua produção, posicionam os bivalves como uma opção promissora para atender à crescente demanda por alimentos saudáveis e ambientalmente responsáveis.
A miticultura enfrenta desafios como a poluição marinha, que pode ser agravada pela presença de banhistas nas praias, e fenômenos naturais como as marés vermelhas, causadas por algas tóxicas que contaminam os moluscos e inviabilizam sua comercialização.
ResponderExcluir