A BIODIVERSIDADE DE PATÓGENOS E DE VETORES TENDE A CRESCER EM AMBIENTES INSALUBRES E PREOCUPA O SETOR DE SAÚDE.
Por que patógenos e vetores se beneficiam de ambientes degradados?
Baixa resiliência de espécies sensíveis: A degradação ambiental elimina espécies mais sensíveis, reduzindo a diversidade geral.
Espécies oportunistas: Muitos patógenos e vetores (como mosquitos, roedores e algumas bactérias) são altamente oportunistas, adaptando-se bem a ambientes urbanos, poluídos e fragmentados.
Redução de inimigos naturais: A perda de predadores e competidores naturais permite que vetores e reservatórios de patógenos proliferem.
Mudança na dinâmica ecológica: Desequilíbrios favorecem ciclos de transmissão de doenças, ampliando a circulação de microrganismos patogênicos.
Exemplos: aumento de mosquitos transmissores de dengue e malária em áreas urbanas com água estagnada e lixo; proliferação de roedores em ambientes urbanos degradados, transmitindo leptospirose.
Outras formas de biodiversidade que podem aumentar:
Embora o ambiente insalubre selecione principalmente por patógenos e seus vetores, outras formas de vida também podem prosperar:
Microrganismos decompositores: Muitas bactérias e fungos especializados na decomposição de matéria orgânica proliferam em ambientes ricos em resíduos.
Espécies invasoras e sinantrópicas: Plantas e animais adaptados a ambientes perturbados, como pombos, baratas, ratos e algumas plantas ruderalistas, podem aumentar sua presença.
Microbiomas resistentes: Ambientes poluídos podem selecionar microbiomas resistentes a antibióticos ou metais pesados, alterando profundamente a biodiversidade microbiana.
O que tende a diminuir?
Espécies especialistas: Fauna e flora mais exigentes quanto à qualidade do habitat tendem a desaparecer.
Diversidade funcional: Apesar do crescimento de alguns grupos oportunistas, a diversidade funcional e genética global geralmente diminui.
Síntese
A biodiversidade de patógenos e de seus vetores realmente tende a crescer com a degradação ambiental.
Entretanto, não é a única biodiversidade que pode aumentar, mas é a mais preocupante do ponto de vista da saúde pública e dos serviços ecossistêmicos.
A biodiversidade geral tende a empobrecer, mas certos grupos exóticos proliferam.
Grupos que Têm Aumento de Abundância e Diversidade
Patógenos
Vírus, bactérias e fungos causadores de doenças
Aumento da resistência a antibióticos e biocidas
Vetores e Hospedeiros Sinantrópicos
Mosquitos (Aedes aegypti, Anopheles spp.)
Roedores (Rattus spp.)
Baratas, pombos
Decompositores e Microrganismos Tolerantes
Bactérias decompositoras
Fungos tolerantes a poluentes
Microbiomas resistentes a metais pesados e contaminantes
Espécies Invasoras e Generalistas
Plantas ruderalistas
Animais sinantrópicos e invasores
Grupos que Sofrem Redução ou Extinção Local
Espécies Especialistas
Flora nativa sensível
Polinizadores especializados
Vertebrados silvestres de grande porte
Diversidade Funcional e Genética
Perda de interações ecológicas complexas
Redução da resiliência ecossistêmica
Consequências
Aumento de Risco à Saúde Pública
Expansão de doenças infecciosas emergentes e reemergentes
Mais zoonoses e epidemias
Empobrecimento dos Serviços Ecossistêmicos
Perda de regulação natural de vetores e patógenos
Redução de polinização e controle biológico
Simplificação e Homogeneização Biótica
Predomínio de poucas espécies altamente adaptáveis
Redução da diversidade regional (homogeneização global)
A biodiversidade de patógenos e de seus vetores realmente tende a crescer com a degradação ambiental, e é a mais preocupante do ponto de vista da saúde pública e dos serviços ecossistêmicos.
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