O poder de destruição em massa está nas mãos de poucos, que podem usar a tecnologia para criar uma situação perigosa: um pequeno grupo pode afetar a vida de milhões, ou mesmo a sobrevivência da espécie. Isso, paradoxalmente, ocorre enquanto a maioria das pessoas vive em função de valores sociais relativamente pacíficos e colaborativos.
A inteligência humana, aquilo que nos diferencia dos outros animais — capacidade de raciocínio abstrato, linguagem complexa, planejamento, imaginação —, possibilitou avanços extraordinários: ciência, arte, medicina, filosofia, porém, essa mesma capacidade criou também a engenharia da destruição. O paradoxo é que a inteligência não possui uma direção moral inata. Ela é uma ferramenta que pode ser usada para curar ou para matar, para criar pontes ou construir muros, para fomentar a paz ou fazer a guerra.
Sistemas políticos, econômicos e militares concentram poder de destruição em mãos de poucos, que podem justificar suas ações com ideologias, crenças ou interesses econômicos, sem necessariamente refletirem a vontade ou os valores da maioria da sociedade.
A inteligência não possui uma direção moral inata. Ela é uma ferramenta que pode ser usada para curar ou para matar, para criar pontes ou construir muros, para fomentar a paz ou fazer a guerra.
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