MITOCONDRIOPATIA NO BRASIL E SUAS CONSEQUÊNCIAS.

Mitondriopatia (ou mitocondriopatia) é um termo médico que se refere a doenças causadas por disfunções nas mitocôndrias, as organelas celulares responsáveis por produzir energia (na forma de ATP) dentro das células.

Ganhe com energia.

Essas doenças podem ser hereditárias ou adquiridas, e envolvem mutações no DNA mitocondrial (mtDNA) ou, em alguns casos, no DNA nuclear que codifica proteínas mitocondriais.


✅ Casos no Brasil

Sim, há casos documentados de mitocondriopatias no Brasil, embora muitas vezes subnotificados devido à complexidade do diagnóstico. Alguns centros médicos de referência — como os do Hospital das Clínicas da USP e da UFMG — realizam pesquisas e diagnósticos de doenças mitocondriais.

Apesar de raras, essas doenças estão sendo cada vez mais reconhecidas no Brasil com o avanço da genética clínica e da neurologia.


⚠️ Consequências das Mitocondriopatias

As mitocôndrias estão presentes em quase todas as células do corpo, então os sintomas podem afetar vários órgãos e sistemas. As consequências dependem da mutação e dos tecidos afetados, mas incluem:

🧠 Sistema nervoso:

  • Epilepsia

  • Encefalopatia (alterações cognitivas)

  • Ataxia (falta de coordenação)

  • Paralisias

💪 Músculos:

  • Fraqueza muscular progressiva

  • Intolerância ao exercício

  • Miopatias

👁️ Olhos:

  • Neuropatia óptica

  • Retinopatia

❤️ Coração:

  • Cardiomiopatia

🧬 Exemplo de síndromes mitocondriais:

  • MELAS (encefalomiopatia mitocondrial, acidose láctica e episódios semelhantes a AVC)

  • LHON (neuropatia óptica hereditária de Leber)

  • MERRF (epilepsia mioclônica com fibras vermelhas rasgadas)


🧪 Diagnóstico e Tratamento

  • Diagnóstico: envolve biópsias musculares, exames de sangue, ressonâncias, e testes genéticos.

  • Tratamento: atualmente é sintomático, pois não há cura. Pode incluir vitaminas como a coenzima Q10, L-carnitina e exercícios supervisionados.

Mitocôndrias, Energia e Doença

As mitocôndrias são as usinas de energia das células — produzem ATP a partir de carboidratos, gorduras e oxigênio. Elas também regulam morte celular (apoptose) e o metabolismo celular.


⚠️ 1. Desidratação mitocondrial e falta de combustível

  • As mitocôndrias dependem de água, oxigênio e substratos energéticos (como glicose, ácidos graxos e aminoácidos) para funcionar.

  • Quando há falta de nutrientes ou desidratação celular, a produção de ATP cai drasticamente.

  • Isso pode levar à disfunção mitocondrial, afetando tecidos de alta demanda energética (como cérebro, coração, rins e músculos).


🧫 2. Mitocôndrias e Câncer

  • O câncer está ligado a uma reprogramação do metabolismo celular.

  • Muitas células tumorais usam mais glicólise anaeróbica (fermentação da glicose) do que respiração mitocondrial, mesmo com oxigênio presente. Isso é chamado de Efeito Warburg.

  • A disfunção mitocondrial pode contribuir para isso, pois:

    • Diminui a capacidade de controlar a morte celular (apoptose);

    • Cria um ambiente favorável à proliferação descontrolada;

    • Gera mais radicais livres (ROS), que causam mutações no DNA.

Portanto, sim: mitocôndrias disfuncionais estão associadas ao desenvolvimento e progressão de diversos tipos de câncer.


💔 3. Falência de órgãos

  • Quando as mitocôndrias falham em fornecer energia, os órgãos mais afetados são os que mais consomem energia:

    • Coração → pode causar insuficiência cardíaca.

    • Cérebro → pode causar convulsões, atraso mental, coma.

    • Fígado → insuficiência hepática.

    • Músculos → fraqueza, intolerância ao exercício.

    • Rins → perda da função renal.

  • A longo prazo, essa falência energética leva à degeneração celular e, eventualmente, à falência orgânica.


✅ Conclusão

Sim, mitocôndrias desidratadas ou sem substrato energético (como glicose e oxigênio) podem provocar sérios danos celulares, falência de órgãos e favorecer o surgimento de câncer, especialmente quando essa condição persiste ou se associa a mutações genéticas. 

Comentários

  1. há casos documentados de mitocondriopatias no Brasil, essas doenças estão sendo cada vez mais reconhecidas no Brasil com o avanço da genética clínica e da neurologia.

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