ANIMAIS SILVESTRES RESERVATÓRIOS NATURAIS DE PATÓGENOS QUE PODEM ¨SALTAR¨ PARA HUMANOS QUE ADOECEM.

                                                   


Focar em reservatórios naturais de patógenos é crucial porque esses animais, mesmo parecendo inofensivos, podem abrigar vírus, bactérias ou protozoários que saltam para os seres humanos, especialmente quando há desequilíbrio ecológico (como desmatamento, caça ou expansão urbana descontrolada).

Os principais animais silvestres que atuam como reservatórios comprovados de patógenos perigosos, mesmo sem adoecerem, explicando quais microrganismos eles carregam e os riscos potenciais para humanos:


🦇 1. Morcegos

  • Patógenos: Coronavírus (SARS, MERS, SARS-CoV-2), vírus Nipah, vírus Hendra, vírus da raiva, Marburg e Ebola.

  • Transmissão: Contato com fezes, saliva, urina ou consumo de carne de caça.

  • Risco: Alto — possuem um sistema imunológico que tolera vírus altamente letais para humanos.


🐒 2. Primatas não humanos (macacos, micos, chimpanzés)

  • Patógenos: Vírus da imunodeficiência símia (precursor do HIV), vírus Ebola, herpes B, malária por Plasmodium knowlesi.

  • Transmissão: Mordidas, arranhões ou contato com sangue/saliva.

  • Risco: Alto — pela proximidade genética com humanos, facilitando a adaptação de vírus.


🦔 3. Roedores silvestres (ratos do mato, esquilos)

  • Patógenos: Hantavírus, arenavírus (Febre de Lassa), peste bubônica (Yersinia pestis).

  • Transmissão: Inalação de poeira contaminada por urina/fezes, mordidas.

  • Risco: Médio a alto — alguns vírus têm letalidade elevada e potencial de surtos.


🦥 4. Preguiça-de-três-dedos (Bradypus variegatus)

  • Patógenos: Tripanossoma cruzi (Doença de Chagas).

  • Transmissão: Picada de barbeiro infectado após sugar sangue da preguiça.

  • Risco: Baixo direto, mas importante como elo no ciclo silvestre da doença.


🐢 5. Tatus

  • Patógenos: Mycobacterium leprae (causador da hanseníase).

  • Transmissão: Contato com carne ou manipulação de animais infectados.

  • Risco: Moderado — casos humanos nos EUA e Brasil relacionados ao contato com tatus.


🐍 6. Répteis (lagartos e cobras)

  • Patógenos: Salmonella spp.

  • Transmissão: Manuseio de animais ou limpeza de habitats.

  • Risco: Moderado — principalmente em crianças e imunossuprimidos.


🦜 7. Aves silvestres (principalmente migratórias)

  • Patógenos: Vírus da Influenza Aviária (H5N1, H7N9), Chlamydia psittaci (psitacose).

  • Transmissão: Contato com fezes ou secreções, ou por ingestão de carne mal cozida.

  • Risco: Alto — aves migratórias espalham vírus globalmente.


🐜 8. Tamanduás

  • Patógenos: Trypanosoma cruzi (Doença de Chagas), parasitas intestinais zoonóticos.

  • Transmissão: Participam do ciclo silvestre; raramente transmitem diretamente.

  • Risco: Moderado — principalmente como reservatórios ambientais.


🦘 9. Marsupiais silvestres (gambás, cuícas)

  • Patógenos: Trypanosoma cruzi, Leptospira spp.

  • Transmissão: Por vetores ou contato com secreções.

  • Risco: Baixo direto, mas contribuem para a manutenção do ciclo de doenças zoonóticas.


⚠️ Considerações finais:

  • risco de transmissão aumenta exponencialmente com a destruição do habitat, que força o contato humano com animais silvestres.

  • Reservatórios não adoecem com os patógenos que carregam, o que dificulta o controle e vigilância.

  • salto interespecífico (spillover) é a principal via de emergência de pandemias — como aconteceu com o SARS-CoV-2.

Comentários

  1. Reservatórios não adoecem com os patógenos que carregam, o que dificulta o controle e vigilância, o salto interespecífico (spillover) é a principal via de emergência de pandemias — como aconteceu com o SARS-CoV-2.

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