A Antártica desperta muita curiosidade porque é um dos lugares mais extremos e, ao mesmo tempo, mais protegidos do planeta.
Países com estações científicas na Antártica
Atualmente, cerca de 30 países mantêm estações científicas no continente. Entre os principais:
Argentina, Chile – vizinhos mais próximos, presença histórica e estratégica.
Estados Unidos – maior base é a Estação McMurdo, fundamental em pesquisas.
Rússia – tem várias bases, inclusive a Vostok, que perfurou até um lago subglacial.
Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Noruega – focam em clima, geologia, oceanografia.
China e Índia – ampliaram sua presença nas últimas décadas, com grandes investimentos.
Austrália e Nova Zelândia – por proximidade geográfica, atuam bastante.
Brasil – com a Estação Comandante Ferraz, na Península Antártica.
Ao todo, existem mais de 80 bases científicas, sendo algumas permanentes e outras apenas no verão.
Interesses comuns entre os países
Os principais objetivos de quem está na Antártica:
Ciência do Clima – estudar geleiras, correntes oceânicas e mudanças climáticas globais.
Astronomia e Astrofísica – céu limpo e sem poluição luminosa, ideal para telescópios.
Biologia – pesquisa de pinguins, focas, baleias, micro-organismos extremos.
Geologia – estudar formações antigas e a história da Terra.
Oceanografia – impacto das águas antárticas na circulação global dos oceanos.
O Brasil na Antártica
O Brasil está presente desde 1982, com a Estação Comandante Ferraz, na Ilha Rei George.
A estação foi totalmente reconstruída e reinaugurada em 2020 após um incêndio em 2012.
O Brasil faz parte do Tratado da Antártica, que garante participação em decisões sobre o continente.
Pesquisas brasileiras focam em mudanças climáticas, biodiversidade marinha, meteorologia e geologia.
Embora a presença não seja “permanente” em termos de rotação de cientistas (os pesquisadores ficam em temporadas), a base é considerada permanente porque está sempre ativa.

Participar das decisões internacionais sobre o continente.
Avanço científico em áreas estratégicas (clima, recursos biológicos, energias renováveis).
Formação de cientistas e tecnologia de ponta.
Projeção geopolítica: países com presença constante têm mais influência no futuro do continente.
Interesses minerais, petróleo e biológicos
O Tratado da Antártica (1959) proíbe qualquer exploração comercial de recursos minerais e petróleo.
Em 1991, o Protocolo de Madri reforçou essa proibição, válida até 2048 (quando pode ser revisada).
Apesar disso, muitos países têm interesse estratégico: petróleo, gás e minérios provavelmente existem em grandes quantidades.
O interesse biológico é grande: organismos adaptados ao frio extremo podem gerar novas enzimas, medicamentos, biotecnologias.
Resumindo:
A Antártica é hoje protegida contra exploração econômica, mas com presença de países que já se posicionam para o futuro. O Brasil tem papel relevante com sua estação, especialmente em pesquisas de clima e ecossistemas marinhos.
O interesse biológico é grande: organismos adaptados ao frio extremo podem gerar novas enzimas, medicamentos, biotecnologias.
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