ANIMAIS MARINHOS ESTÃO ENCALHANDO E MORRENDO DE FORMA INCOMUM NAS PRAIAS BRASILEIRAS NESTE INVERNO.


Está acontecendo um pico anormal de encalhes e mortes ao longo do litoral brasileiro neste inverno, envolvendo pinguins-de-Magalhães, leões-marinhos, elefantes-marinhos e algumas baleias-jubarte. O que já dá para afirmar (com base no que foi oficialmente divulgado) é:

O que está comprovado ou fortemente indicado

  • Pinguins-de-Magalhães: há um “encalhe em massa” neste mês. Órgãos de monitoramento reportam >3.200 pinguins mortos em 2025 ao longo do trecho SC–SP (e crescendo); só no Vale do Ribeira (SP) foram 739 em uma semana, muitos já em decomposição, o que dificulta testes laboratoriais. As causas prováveis listadas pelos institutos são migração exaustiva, escassez de alimento, hipotermia/debilidade, parasitoses/infecções e interação com a pesca; a confirmação caso a caso depende de necropsia. 

  • Leões-marinhos (Otaria flavescens): o Brasil confirmou influenza aviária H5N1 em leões-marinhos em Santa Catarina em maio de 2025, após a onda que já havia causado centenas de mortes no Sul em 2023; é um fator relevante para a atual mortalidade de pinípedes. (Não há evidência de transmissão humano-humano; o risco envolve contato direto com animais doentes/mortos.) 

  • Elefantes-marinhos: a espécie é menos comum nas nossas praias, mas a região já foi impactada por H5N1 no Cone Sul (Argentina) com dezenas de milhares de mortes em 2023; no Brasil, há registros recentes de indivíduos debilitados/encalhados. Ou seja, H5N1 e debilidade por migração/jejum estão no radar. 

  • Baleias-jubarte: neste inverno ocorreram encalhes de juvenis debilitados no Paraná; especialistas lembram que o período inverno-primavera concentra encalhes por cansaço, inexperiência, doenças, colisões ou emalhes, e a causa específica depende de necropsia.                                                       Outras hipóteses a se confirmarem:

  • Alta carga parasitária / infecções: possível em pinguins (comum em indivíduos muito debilitados) e comprovadamente relevante para pinípedes por H5N1. Confirmação requer exames. 

  • Dificuldade para respirar durante a migração: não há evidência de um mecanismo respiratório específico; o que se observa é debilidade geral por longas rotas + frio + falta de alimento, o que leva ao encalhe e morte.

  • Deficiência alimentar e fraqueza: sim, é central no caso dos pinguins este ano (relatos de baixo peso e hipotermia), associada a mudanças de correntes, disponibilidade de presas e interação com pesca. 

  • “Outros fatores”: tempestades, bycatch (emalhe/anzol), colisões (baleias), doenças não detectadas e, regionalmente, algas nocivas podem contribuir — mas cada evento precisa de laudo. (As notas oficiais até agora enfatizam debilidade, migração e H5N1.)                                                      

  • O que fazer ao encontrar um animal:

  • Não toque nem tente devolver ao mar; mantenha cães afastados e avise o PMP-BS/ICMBio/Corpo de Bombeiros local. Essas orientações são padrão dos projetos de monitoramento. 

Comentários

  1. Na maioria dos casos, as causas são debilidade geral por longas rotas + frio + falta de alimento, o que leva ao encalhe e morte.

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