Os principais riscos à saúde humana e estratégias de controle populacional dos pombos:
Doenças associadas aos pombos
A transmissão ocorre principalmente pelo contato com fezes secas que, ao se tornarem poeira, podem ser inaladas ou contaminar alimentos, superfícies e água.
Criptococose
Causada pelo fungo Cryptococcus neoformans, presente nas fezes.
Acomete principalmente pessoas imunossuprimidas.
Pode causar infecção pulmonar e atingir o sistema nervoso central (meningoencefalite grave).
Histoplasmose
Fungos do gênero Histoplasma capsulatum proliferam em fezes de aves acumuladas.
Afeta os pulmões e pode se disseminar pelo organismo.
Doença grave em imunodeprimidos.
Ornitose (Psitacose)
Bactéria Chlamydia psittaci.
Sintomas semelhantes a uma pneumonia, com febre alta, tosse seca e mal-estar.
Pode evoluir para quadros graves se não tratada.
Salmonelose
Bactéria Salmonella spp. presente em fezes que contaminam água e alimentos.
Causa diarreia, febre, vômitos e desidratação.
Outras doenças possíveis
Toxoplasmose: os pombos não são hospedeiros primários, mas podem veicular oocistos em penas e fezes.
Ectoparasitas (piolhos, ácaros e carrapatos) podem parasitar humanos e animais domésticos.
Gravidade para a saúde
População geral: risco baixo a moderado, principalmente por contato indireto.
Grupos vulneráveis (idosos, crianças, gestantes e imunossuprimidos): risco elevado de complicações graves ou fatais.
Espaços coletivos (hospitais, escolas, praças, rodoviárias): tornam-se críticos pela concentração de fezes e circulação de pessoas.
Controle e redução da população de pombos
O controle deve ser ético, legal e ambientalmente responsável. Métodos cruéis ou envenenamento são proibidos por lei no Brasil (Lei de Crimes Ambientais, 9.605/98). As estratégias mais eficazes são:
1. Controle ambiental
Eliminar fontes de alimento: proibir que moradores ofereçam restos de comida e grãos em praças e parques.
Recolher restos de alimentos e manter lixeiras bem vedadas.
Limpeza frequente das áreas com acúmulo de fezes (com máscara e luvas).
2. Barreiras físicas
Colocar telas, grades ou fios de nylon em sacadas, beirais e monumentos para evitar pouso.
Uso de espículas metálicas (spikes) em áreas de nidificação.
3. Medidas de manejo urbano
Reduzir locais de abrigo (forros de telhados, vãos de pontes, prédios abandonados).
Incentivar programas municipais de controle populacional com captura ética e eventual aplicação de contraceptivos aviários (já testados em algumas cidades).
4. Educação ambiental
Campanhas de conscientização para a população sobre os riscos da alimentação de pombos.
Placas informativas em parques e praças.
Em resumo: os pombos urbanos são potenciais transmissores de doenças respiratórias e intestinais, que podem ser graves em grupos vulneráveis. O controle eficaz depende mais da gestão ambiental (alimento, abrigo e conscientização) do que de extermínio.
A transmissão ocorre principalmente pelo contato com fezes secas que, ao se tornarem poeira, podem ser inaladas ou contaminar alimentos, superfícies e água.
ResponderExcluir