Os telescópios espaciais são verdadeiras janelas para o cosmos, projetados para observar em diferentes faixas do espectro eletromagnético e responder às grandes questões da cosmologia e da astrofísica,destacando alguns dos mais importantes, desde antes do Hubble até o James Webb .
Linha do Tempo dos Telescópios Espaciais
1968 – OAO-2 (Orbiting Astronomical Observatory)
Faixa de observação: Ultravioleta.
Objetivos: Primeiras observações espaciais contínuas de estrelas em UV.
Contribuição: Abriu caminho para telescópios modernos mostrando como a atmosfera bloqueia radiação UV.
1983 – IRAS (Infrared Astronomical Satellite)
Faixa de observação: Infravermelho.
Objetivos: Mapear o céu em IR.
Contribuição: Descobriu discos de poeira ao redor de estrelas (precursores de sistemas planetários) e centenas de galáxias com intensa formação estelar.
1990 – Hubble Space Telescope (HST)
Faixa de observação: Óptico, ultravioleta e infravermelho próximo.
Objetivos: Observar o Universo sem a distorção da atmosfera terrestre.
Contribuição:
Determinou com precisão a idade do Universo (~13,8 bilhões de anos).
Produziu imagens icônicas (Nebulosa de Órion, Campo Ultra Profundo de Hubble).
Ajudou a confirmar a existência da energia escura e da expansão acelerada.
1999 – Chandra X-ray Observatory
Faixa de observação: Raios X.
Objetivos: Estudar objetos de alta energia.
Contribuição:
Mapeou buracos negros supermassivos.
Observou gás quente em aglomerados de galáxias.
Reforçou a teoria da matéria escura ao analisar distribuições de massa invisível.
2003 – Spitzer Space Telescope
Faixa de observação: Infravermelho.
Objetivos: Penetrar nuvens de poeira cósmica.
Contribuição:
Descobriu exoplanetas rochosos e analisou suas atmosferas.
Revelou estrelas e galáxias escondidas atrás de poeira cósmica.
Observou sistemas planetários em formação.
2009 – Planck (ESA)
Faixa de observação: Micro-ondas.
Objetivos: Mapear a radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB).
Contribuição:
Refinou medidas da idade do Universo e da proporção de matéria escura e energia escura.
Produziu o mapa mais preciso já feito do “eco” do Big Bang.
2013 – Gaia (ESA)
Faixa de observação: Óptico.
Objetivos: Criar o maior mapa 3D da Via Láctea.
Contribuição:
Catalogou mais de 1,8 bilhão de estrelas com posições e movimentos detalhados.
Ajuda a entender a evolução da nossa galáxia.
2021 – James Webb Space Telescope (JWST)
Faixa de observação: Infravermelho.
Objetivos: Explorar o Universo primitivo e atmosferas de exoplanetas.
Contribuição:
Detectou as galáxias mais antigas já vistas, formadas poucos centenas de milhões de anos após o Big Bang.
Estuda atmosferas de exoplanetas em busca de moléculas como vapor d’água, metano e dióxido de carbono.
Observa a formação de estrelas e sistemas planetários com resolução inédita.
Em resumo:
OAO-2 e IRAS → pioneiros, mostraram a importância da observação além do visível.
Hubble → revolução na astronomia moderna e divulgação científica.
Chandra & Spitzer → revelaram o Universo em alta energia e no infravermelho profundo.
Planck → trouxe respostas cosmológicas sobre a origem do Universo.
Gaia → transformou o conhecimento sobre a Via Láctea.
James Webb → abre nova era na busca pelas origens cósmicas e vida em outros mundos.
2021 – James Webb Space Telescope (JWST): Explorar o Universo primitivo e atmosferas de exoplanetas.
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