D. PEDRO II FOI MAIS QUE UM MONARCA POLÍTICO- ¨UM CIENTISTA ENTRE OS CIENTISTAS DA ÉPOCA", COM CONHECIMENTOS DE ARQUEOLOGIA, PALEONTOLOGIA E ASTRONOMIA.

O Imperador Dom Pedro II (1825–1891) foi uma das figuras mais singulares da história do Brasil. Além de monarca, destacou-se como intelectual, colecionador e patrono das ciências, artes e cultura. Sua personalidade revela uma combinação rara de rigor científico, sensibilidade cultural e espírito progressista para o século XIX.

  

Traços científicos de Dom Pedro II

• Arqueologia:
  Interessava-se por escavações e antiguidades. Manteve correspondência com arqueólogos europeus e apoiou expedições científicas que estudaram sambaquis, inscrições rupestres e artefatos indígenas brasileiros. Incentivou a formação de coleções no Museu Nacional.

• Paleontologia:
  Foi um grande incentivador da coleta e catalogação de fósseis no Brasil. Colaborou com pesquisadores estrangeiros, enviando exemplares brasileiros e recebendo em troca fósseis raros de outros continentes.

• Astronomia:
  Astronomia era uma de suas paixões mais intensas. Possuía lunetas e telescópios pessoais, acompanhava eclipses e o movimento dos astros. Visitava observatórios quando viajava ao exterior e foi entusiasta da criação do Observatório Nacional no Rio de Janeiro.
   Durante a Exposição Universal da Filadélfia (1876), foi recebido como “um cientista entre os cientistas” devido a seus profundos conhecimentos de física e astronomia.

• Ecologia e restauração ambiental:
  Dom Pedro II já percebia a importância da conservação da natureza. Incentivou o reflorestamento das encostas de Petrópolis e da Floresta da Tijuca (atual Parque Nacional), devastada pelo cultivo de café. Ordenou o plantio de milhares de árvores para recuperar nascentes e preservar os mananciais que abasteciam o Rio de Janeiro.

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 Presentes e coleções científicas recebidas

• Recebeu instrumentos científicos, como lunetas, microscópios e barômetros, de governos e cientistas europeus.

• Guardava coleções de fósseis, minerais e objetos arqueológicos, tanto do Brasil quanto do exterior, muitas das quais foram incorporadas ao Museu Nacional.

• Em suas viagens internacionais, era presenteado com manuscritos raros, peças de arte e descobertas científicas.

• Um de seus presentes mais simbólicos foi o acesso privilegiado a tecnologias de ponta, como as primeiras demonstrações do telefone de Graham Bell e da fotografia em cores.

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 Outras paixões culturais e de vida

• Literatura: leitor incansável, dominava vários idiomas (francês, inglês, alemão, grego, latim, árabe e até tupi-guarani). Correspondia-se com escritores como Victor Hugo e Machado de Assis.

• Fotografia: foi um dos primeiros monarcas a adotar e difundir a fotografia no Brasil, colecionando e patrocinando fotógrafos.

• Teatro e música: apoiou artistas nacionais e estrangeiros, recebia companhias de ópera e incentivava o cultivo da música clássica. Era amigo de compositores como Carlos Gomes.

• Tecnologia: fascinava-se com inovações. Assistiu a experiências com telégrafo, telefone, fonógrafo e iluminação elétrica.

• Viagens: em suas longas estadas no exterior, visitava museus, universidades e laboratórios científicos. Tinha prazer em aprender diretamente com cientistas e artistas.