O pirarucu (Arapaima gigas), também conhecido como arapaima — um ícone da fauna amazônica.
É um dos maiores, mas não necessariamente o absoluto maior. Ele é o maior peixe de água doce com escamas, podendo alcançar até 3 metros (algumas fontes até mencionam 4,5 m, embora exemplares desse tamanho não sejam vistos há anos) e pesar entre 200 a 220 kg .
Contudo, a piraíba (Brachyplatystoma filamentosum), um gigantesco bagre, pode ser mais pesado, chegando a 2,5 m e até 300 kg . Enquanto isso, estudos indicam que o pirarucu liberiano na Guiana pode atingir pesos ainda maiores — um exemplar de 3 m capturado no Brasil com cerca de 244 kg teria pesado mais de 317 kg em condições semelhantes na Guiana .
Consideração: O pirarucu é geralmente considerado o maior com escamas, mas não necessariamente o mais pesado — este título pode pertencer à piraíba, dependendo da forma de comparação.
O pirarucu é nativo da Bacia Amazônica, ocorrendo em rios, lagos, igarapés e áreas alagadas da região . Há também registros, embora raros, de exemplares em outros locais, como rios do interior de São Paulo, possivelmente devido a introduções humanas .
Existe manejo ou piscicultura do pirarucu para garantir sua sobrevivência: Comunidades locais na Amazônia passaram a adotar práticas de manejo sustentável da pesca do pirarucu nas últimas décadas.
Isso incluiu monitoramento dos cardumes, restrições de captura (como o uso de “bodeco” — peixe juvenil — somente em épocas específicas), e a criação de áreas de reserva para reprodução. O resultado foi impressionante: em regiões com manejo eficiente, houve uma recuperação de 425% na população em 11 anos .
Além disso, esforços de pisicultura (cultivo em cativeiro) vêm crescendo — faz-se manejo em viveiros e pesque-pague, com o apoio de organismos como IBAMA, para reduzir atividades predatórias e garantir fonte de renda sustentável .
Até pouco tempo, o pirarucu estava amenamente ameaçado, principalmente devido à pesca predatória, captura de indivíduos imaturos, e perda de habitat .
Hoje, graças ao manejo comunitário, a população está se recuperando significativamente em muitas áreas da Amazônia . Essa recuperação serve de modelo positivo de conservação, mostrando que estratégias baseadas em comunidades locais podem reverter o declínio de megafauna aquática .
No entanto, desafios persistem: muitas áreas ainda carecem de proteção efetiva, especialmente com mudanças climáticas e barragens que ameaçam os floodplains (planícies de inundação) essenciais para reprodução e dispersão da espécie. Estima-se que cerca de **70% do habitat ideal do pirarucu ainda esteja indisponível para proteção, e isso pode aumentar com impactos futuros .
Resumo geral:
Aspecto | Situação atual |
---|---|
Maior peixe de água doce? | Sim, entre os com escamas; a piraíba pode ser mais pesada. |
Habitat | Bacia Amazônica (rios, lagos, igarapés), ocorrem casos isolados fora da Amazônia. |
Manejo/piscicultura | Sim — manejo comunitário e piscicultura têm contribuído para recuperação. |
Estado populacional | Populações se recuperando onde há manejo sustentável; ainda vulnerável em áreas sem proteção. |
Hoje, graças ao manejo comunitário, a população está se recuperando significativamente em muitas áreas da Amazônia . Essa recuperação serve de modelo positivo de conservação.
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