Os chamados tratamentos alternativos e complementares (ou “medicina integrativa” quando associados à prática médica convencional) vêm ganhando espaço no mundo todo, inclusive em ambientes hospitalares. Senão, vejamos dois aspectos fundamentais: (1) finalidades de cada prática e (2) grau de aceitação mundial.
1. Finalidade das principais práticas de naturopatia
Aromaterapia
Uso de óleos essenciais para estimular relaxamento, reduzir ansiedade, melhorar o humor, auxiliar no sono e até em dores leves.Homeopatia
Baseia-se no princípio “semelhante cura semelhante”. Pretende estimular o organismo a se reequilibrar com doses ultradiluídas de substâncias. Seu uso é mais comum em distúrbios crônicos ou funcionais.Acupuntura
Técnica da Medicina Tradicional Chinesa. Inserção de agulhas em pontos específicos para reduzir dor, ansiedade, sintomas gastrointestinais e auxiliar no equilíbrio energético.Fitoterapia
Uso de plantas medicinais e extratos vegetais para tratar ou prevenir doenças (ex.: camomila para ansiedade leve, ginkgo biloba para circulação, cúrcuma como anti-inflamatório).Musicoterapia
Emprego da música como recurso terapêutico. Melhora do humor, redução de estresse, apoio em processos de reabilitação neurológica e cuidados paliativos.Meditação
Técnicas de atenção plena e concentração. Reduz estresse, melhora o foco, a regulação emocional, a qualidade do sono e até a pressão arterial.Hipnose clínica
Indução a estados de concentração e relaxamento para auxiliar no controle da dor, ansiedade, fobias, compulsões e alguns distúrbios psicossomáticos.Massagem terapêutica
Manipulação dos tecidos corporais para relaxamento muscular, alívio da dor, melhora da circulação e redução do estresse.Outras práticas comuns em naturopatia:
Reiki (imposição de mãos, foco no equilíbrio energético);
Tai Chi e Yoga (movimento, respiração e meditação integrados);
Terapia floral (uso de essências florais para equilíbrio emocional).
2. Grau de aceitação mundial em hospitais e centros de saúde
América do Norte e Europa
EUA: Muitos hospitais universitários (Harvard, Mayo Clinic, Johns Hopkins) possuem departamentos de Medicina Integrativa, oferecendo acupuntura, meditação, musicoterapia e massagem como complemento a tratamentos convencionais.
Reino Unido: O NHS (sistema público) ainda é cauteloso, mas admite uso de acupuntura, fitoterapia e massagem em centros de saúde. A homeopatia perdeu espaço no sistema público, mas ainda existe em clínicas privadas.
Alemanha, Suíça e França: A fitoterapia e homeopatia são amplamente aceitas e até cobertas por alguns seguros de saúde.
Ásia
China: Medicina Tradicional Chinesa (acupuntura, fitoterapia, moxabustão) está plenamente integrada aos hospitais.
Índia: Sistema AYUSH (Ayurveda, Yoga, Unani, Siddha, Homeopatia) tem hospitais próprios e centros integrados.
Japão: Uso de Kampo (fitoterapia japonesa) é autorizado em hospitais e coberto por seguros.
América Latina
Brasil: O SUS (Sistema Único de Saúde) incluiu em 2006 a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), oferecendo acupuntura, fitoterapia, homeopatia, meditação, yoga, reiki, auriculoterapia, entre outras, em centenas de municípios.
Cuba: Medicina natural e tradicional é institucionalizada no sistema público de saúde.
Organização Mundial da Saúde (OMS)
A OMS tem estratégia específica para Medicina Tradicional (2014-2023 e renovada até 2030), recomendando que países integrem terapias seguras e baseadas em evidências em seus sistemas de saúde.
Resumo geral:
Técnicas com maior aceitação científica e hospitalar: acupuntura, meditação, musicoterapia, massagem e algumas fitoterapias → porque já têm evidências clínicas sólidas.
Técnicas de aceitação parcial ou controversa: homeopatia, reiki, florais → devido à falta de comprovação científica robusta, mas ainda usadas em muitos países por demanda cultural ou histórica.
As técnicas com maior aceitação científica e hospitalar: acupuntura, meditação, musicoterapia, massagem e algumas fitoterapias → porque já têm evidências clínicas sólidas.
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