CONHEÇA O BILIONÁRIO QUE COMPROU TERRAS NA AMAZÔNIA PARA DESATIVAR MADEREIRAS E INCREMENTAR SUA ONG COOL EARTH.


Quem é Johan Eliasch

  • Johan Eliasch é sueco‐britânico. Nascido na Suécia (Djursholm, 1962), também tem cidadania britânica. 

  • Ele é empresário (industrial e financista), ambientalista, filantropo. Foi CEO da empresa de artigos esportivos Head por muitos anos, hoje é presidente. 

  • Também é cofondateur de ONGs ligadas à conservação de florestas tropicais, como a Cool Earth.

Compra de terras na Amazônia — O que se sabe

Aqui estão os pontos que têm bom respaldo documental:

  1. Compra da madeireira Gethal Amazonas / terras associadas
    Em 2005, Eliasch adquiriu uma madeireira brasileira chamada Gethal Amazonas, e por meio dela adquiriu títulos de terras que antes pertenciam àquela empresa madeireira.         

  2. O total da área é colocado em cerca de 400.000 acres, o que equivale a aproximadamente 1.600 km²
    Também se afirma que essa área cobre partes dos municípios de Itacoatiara e Manicoré, no Amazonas. 

  3. Objetivo declarado
    Eliasch declarou que comprou a terra para preservação, para impedir desmatamento por atividades madeireiras, proteger a floresta, biodiversidade, e também como maneira de demonstrar que árvores e florestas têm valor em pé (“standing trees”) maior do que quando cortadas. 
    Ele também fechou a madeireira, dispensando trabalhadores, conforme reportagens.

  4. Controvérsias / críticas / investigações O governo brasileiro (Agência Brasileira de Inteligência, ABIN) investigou essa compra, em parte para averiguar titularidade, regularidade de registros, se realmente territórios estavam em nome dele etc. Houve multas pelo IBAMA relacionadas a irregularidades ambientais, corte de madeira, falta de documentação / certificação e desrespeito a planos de manejo. A empresa Gethal foi multada em centenas de milhões de reais em diferentes momentos. 

  5. Há críticas de “colonialismo verde” — ou seja, que estrangeiros adquirindo grandes extensões da Amazônia para pensar conservação pode gerar problemas de soberania, de impacto sobre comunidades locais que dependiam do trabalho da madeireira etc.


O que não está totalmente confirmado ou que Eliasch nega

  • Eliasch negou que a ONG Cool Earth comprou terras na Amazônia ou que ele tenha a intenção de comprar terras em certas regiões como Cristalino (Mato Grosso) para exploração ou para posse extensiva fora da lei. 

  • Também há incertezas sobre se todas as terras estão corretamente tituladas em nome dele, e se todos os registros de propriedade são válidos / reconhecidos. 

  • Alguns relatos exageram ou simplificam dizendo que ele “comprou toda a Amazônia” ou que foi uma compra puramente para lucro, etc. Essas alegações não têm suporte. 


Resumo de intenções e uso / manejo do terreno

Com base no que ele próprio declarou + no que reportagens indicam:

  • A intenção principal era preservar a floresta — impedir o desmatamento, manter a cobertura vegetal, proteger biodiversidade.

  • Fechamento das atividades madeireiras da empresa comprada por ele (Gethal) sob sua gestão, para interromper extração de madeira. 

  • Contratação de pessoas locais para trabalho de guarda-florestal, monitoramento, etc., em algumas versões. Há relatos de que algumas das pessoas dispensadas foram realocadas ou receberam compensações. 

  • Uso de fundos de conservação, doações, e da ONG Cool Earth para apoiar projetos de proteção da floresta, parcerias com comunidades, etc. 


Veracidade global da afirmação

É “majoritariamente verdadeira que:

  • Johan Eliasch comprou uma grande área da floresta amazônica (~400.000 acres) ligada à empresa madeireira Gethal. 

  • Ele alegou que fez isso para fins de conservação, interromper desmatamento e proteger a floresta. 

No entanto, há aspectos incertos ou contestados:

  • Se ele detém títulos claros sobre todas essas terras ou se há disputas de propriedade e registros.

  • Impactos sociais da compra (trabalhadores dispensados, o que foi feito para compensar)

  • Se todas as ações de manejo ou proteção propostos foram plenamente implementadas como idealizado.

  • Como ele e suas entidades organizam fiscalização / proteção contínua (contra invasões, desmatamento ilegal, grilagem etc).

 sobre a ONG Cool Earth: quando foi fundada, sua atuação fora do Brasil, objetivos, modos de atuação, e impactos. Se quiser, posso também ver relatórios recentes pra ver como está o desempenho agora.


Dados básicos / fundação

  • A Cool Earth foi fundada em 2007 por Johan Eliasch e Frank Field

  • Sediada no Reino Unido.


Objetivos da Cool Earth

A missão da ONG gira em torno de:

  • Proteger florestas tropicais ameaçadas, para ajudar a combater as mudanças climáticas, preservando a biodiversidade e mantendo os serviços ecossistêmicos que as florestas oferecem. 

  • Fortalecer comunidades locais e indígenas que vivem nessas florestas — apoiando-as para que tenham condições de manter as florestas em pé (“standing forest”), em vez de vendê-las ou permitir exploração predatória. 

  • Promover modos de vida sustentáveis para essas comunidades, oferecer suporte em educação, saúde, infraestruturas básicas, meios de subsistência (ex: agricultura sustentável, cultivo de cacau, pesca, etc.) e dar poder de decisão para elas sobre uso do território florestal. 


Modos de atuação

Aqui estão as principais estratégias / formas de trabalho que a Cool Earth usa:

EstratégiaComo funciona / exemplos
Parcerias com comunidades locais e indígenasEm vez de comprar grandes extensões de floresta, ela estabelece acordos sustentáveis com as comunidades locais para que estas optem por não vender ou degradar suas florestas. 
Transferência de dinheiro direto (“Cash Giving”)Enviar verbas para comunidades indígenas, muitas vezes “sem condições” (condicionalidades), para que possam decidir o que é mais prioritário para manter a floresta e suas vidas. 
Fortalecimento de meios de subsistência sustentáveisProjetos de cultivo (como cacau, café), pesca, artesanato (ex: trabalho com sementes, joias indígenas), criação de cooperativas, etc. Isso ajuda a gerar renda de forma que a floresta continue em pé. 
Apoio a infraestrutura básicaEscolas, saúde (postos médicos, equipamentos para emergências), água potável, transporte, demarcação de terras, monitoramento (inclusive geolocalização, uso de satélite etc.) para detectar desmatamento ou invasões. 
Advocacy / EducaçãoTrabalhar para aumentar a conscientização internacional sobre o valor das florestas, políticas públicas, participação em parcerias internacionais, promover justiça climática, etc. 

Atuação fora do Brasil / onde está presente

Embora tenha começado com projetos no Brasil, sua atividade se expandiu bastante. Eis onde atua ou atuou:

País / RegiãoStatus / exemplos de projetos
PeruProjetos com comunidades indígenas (Asháninka, Awajún) para proteger floresta amazônica peruana. 
Papua Nova Guiné (Papua New Guinea)Projetos costeiros, comunidades afetadas pela expansão de plantações de palma, monitoramento, apoio para meios de vida alternativos. 
Congo Basin (República Democrática do Congo, Camarões etc.)Parcerias com ONGs locais, comunidades para demarcação, uso de dados para monitoramento, ações para impedir desmatamento.
MozambiqueMencionado como país de atuação. 
EcuadorProjeto concluído; anteriormente atuou no Equador. 
BrasilProjeto “Madeira Project” concluído no Brasil; parte importante da história inicial da ONG. 

Impactos / resultados conhecidos

Alguns resultados que são citados:

  • Em parcerias de conservação da Cool Earth, taxas de desmatamento se mantiveram muito baixas — frequentemente abaixo de 1% nas regiões onde atuam, comparado com regiões similares sem esse apoio. 

  • As comunidades apoiadas implementaram ações como demarcações de terra, patrulhamento voluntário, produção sustentável de cacau, pesca, artesanato, melhoria de escolas, redes de saúde médica emergencial. 

  • Em 2024, por exemplo, iniciaram “Rainforest Labs” (laboratórios florestais) que combinam tecnologia com conhecimento tradicional para monitorar ameaças (incêndios, invasões etc.).

Comentários

  1. Johan Eliasch comprou uma grande área da floresta amazônica (~400.000 acres) ligada à empresa madeireira Gethal. Ele alegou que fez isso para fins de conservação, interromper desmatamento e proteger a floresta.

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