Economia circular e viabilidade de reciclagem:
A lógica da economia circular busca manter materiais como plásticos, isopor, óleos, manta asfáltica e borrachas de pneus em ciclos produtivos o maior tempo possível:
Plásticos: podem ser reciclados mecanicamente (transformação em novos plásticos) ou quimicamente (pirólise e craqueamento para recuperar monômeros).
Isopor: há técnicas de compactação e reaproveitamento para produzir molduras, réguas, cimento leve, mas exige logística específica.
Óleos lubrificantes usados: podem ser rerrefinados, voltando a ser matéria-prima para novos óleos. Combustíveis fósseis, no entanto, têm baixa circularidade, pois queimados liberam CO₂ irreversível.
Pneus: reciclados em pó de borracha para asfalto-borracha, pisos esportivos, solados, combustível alternativo em cimenteiras.
Mantas asfálticas: podem ser reaproveitadas trituradas como aditivo em novas formulações, mas a reciclagem ainda é limitada.
Viabilidade: Alta para alguns resíduos sólidos (plástico, pneus, óleos), mas baixa para combustíveis fósseis e derivados voláteis. Exige políticas públicas, incentivo fiscal e inovação tecnológica.
Substituição por madeira ou papel:
A substituição parcial é possível, mas deve ser criteriosa:
Madeira: pode substituir plásticos em móveis, utensílios e embalagens rígidas. Contudo, uso excessivo pode acelerar o desmatamento se não for de manejo sustentável.
Papel: substitui copos, sacolas, bandejas de isopor e algumas embalagens. Porém, o papel também tem pegada hídrica e exige florestas plantadas para ser sustentável.
Limitação: madeira e papel não podem substituir combustíveis líquidos, borracha técnica ou materiais de alta performance (ex.: aeronaves, medicina, eletrônicos).
Caminho mais promissor: bioplásticos (derivados de cana, milho, algas), borracha natural certificada e embalagens biodegradáveis.
Impactos ambientais dos derivados do petróleo:
Os produtos petroquímicos são extremamente úteis na sociedade, mas têm alto potencial poluidor:
Plásticos: demoram séculos para se decompor; fragmentam-se em microplásticos que contaminam solos, rios, oceanos e até a cadeia alimentar humana.
Isopor (poliestireno expandido): leve e volumoso, acumula em lixões e mares, sendo confundido por animais marinhos como alimento.
Óleos combustíveis (diesel, querosene, etc.): causam poluição atmosférica (emissão de gases de efeito estufa e poluentes tóxicos) e, em derramamentos, contaminam águas e solos.
Borracha de pneus: libera microplásticos, metais pesados e outros compostos tóxicos; pneus abandonados acumulam água parada (vetores de doenças).
Mantas asfálticas: difíceis de reciclar, liberam compostos tóxicos quando incineradas.
Se não tratados corretamente, geram insegurança ambiental e social, porque aumentam custos de saúde pública, reduzem a biodiversidade e agravam mudanças climáticas.
A reciclagem dos derivados do petróleo é urgente e possível em boa parte dos resíduos sólidos, integrando-os à economia circular. Porém, para os combustíveis fósseis e produtos de difícil reaproveitamento, o mais viável é substituição gradual por materiais renováveis (papel, madeira de manejo, bioplásticos) e redução do consumo.
A reciclagem dos derivados do petróleo é urgente e possível em boa parte dos resíduos sólidos, integrando-os à economia circular.
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